Quatro pessoas são presas por aplicar golpe do novo número
A Polícia Civil de Goiás prende quatro suspeitos de aplicar o “golpe do novo número”, em uma mulher, de 64 anos. Eles teriam se passado pela filha da vítima, em um aplicativo de mensagens, para solicitar depósitos bancários. A idosa, residente no Estado do Rio de Janeiro, teve prejuízo de aproximadamente R$ 30 mil.
As detenções foram realizadas em Goiânia e em Aparecida de Goiânia, durante a Operação Carioca, do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (GREF/DEIC). “Os criminosos, se passando pela filha dela, que é arquiteta, sobre o pretexto de pagar fornecedores, foram solicitando depósitos. Essa vítima acreditando que falava com a filha, acabou fazendo as transferências”, informou o delegado Olemar Santiago.
O crime teria sido praticado de 22 a 25 de janeiro deste ano. A vítima apenas percebeu a fraude após realizar a última transferência e enviar o comprovante para o número real de sua filha, que negou ter feito a solicitação. Após a denúncia do golpe, os policiais descobriram que os depósitos teriam sido recebidos por contas bancárias de Goiânia. A partir da investigação, as equipes conseguiram chegar até os quatro indivíduos.
Os suspeitos, com idades de 19, 20, 23 e 24 anos, integravam um grupo criminoso, especializado neste golpe. Dois deles já possuíam passagens por roubo e estelionato. “Essas pessoas presas foram imediatamente beneficiadas, por esses depósitos da vítima”, destacou. Após o cumprimento dos mandados de prisão temporária, os quatro foram recolhidos na Delegacia Estadual de Capturas. A Justiça determinou ainda o bloqueio das contas dos investigados.
A suspeita, de acordo com o delegado, é de que o esquema tenha contato com a participação de outros indivíduos, que auxiliaram emprestando ou alugando as contas para o recebimento dos valores. “As investigações prosseguem, para poder determinar o envolvimento e a participação de outras pessoas também”. Os suspeitos respondem no inquérito policial por associação criminosa e estelionato, com agravante por ter sido praticado contra um idoso. Somadas, as penas podem chegar a 8 anos de prisão.
Ainda segundo o delegado, o golpe é, na maioria das vezes, praticado contra idosos e por isso, algumas medidas de segurança precisam ser adotadas. “Quando receber o pedido de um parente ou amigo, tentar, antes de depositar, falar no número que já tem gravado na agenda telefônica. O segundo passo é desconfiar. Quando esses depósitos são solicitados, são dirigidos a outros estados. Nesse caso, a vítima era do Rio. Entretanto, estavam pedindo depósitos para quatro contas em Goiás. Deveria ter chamado a atenção essa circunstância, algo que poderia ter contribuído para evitar o golpe”, completou.