Semad flagra desmatamento ilegal de 190 hectares em Mara Rosa
Fiscais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) flagraram, na última quinta-feira (07/12), o desmatamento ilegal de 190,5 hectares em uma propriedade rural em Mara Rosa, município da região Norte de Goiás. A Semad lavrou auto de infração no valor de R$ 211 mil e embargou a área.
A supressão não autorizada de vegetação foi descoberta pela equipe de geoprocessamento da secretaria, com auxílio de imagens de satélites em tempo real, no dia 06 de dezembro. De imediato, a equipe de fiscais foi enviada ao local. As máquinas e os equipamentos utilizados no ato infracional foram apreendidos.
Dos 190,5 hectares de desmatamento, foram 3,6 em Área de Preservação Permanente (APP) e 186,9 em área passível (ou seja, que fica fora da APP e da reserva legal). Em conformidade com o decreto federal 6514/2008, o valor da multa aplicada para a supressão ilegal em APP foi de R$ 24 mil e, para a irregularidade observada em área passível, R$ 187 mil.
Esse é o segundo flagrante da fiscalização da Semad em sete dias. No dia 30 de novembro, a secretaria flagrou o desmatamento de 78,7 hectares em uma fazenda em Crixás, na região Noroeste de Goiás. O caso foi descoberto pela equipe de licenciamento ambiental, que, em ato contínuo, acionou os fiscais para proceder com o flagrante. Foram aplicados R$ 224,7 mil em multas.
Queda no desmatamento ilegal
O Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Ministério do Meio Ambiente divulgaram, no dia 28 de novembro, dados do projeto Prodes Cerrado que mostraram que Goiás foi o estado do Cerrado brasileiro que mais reduziu o desmatamento em 2023, com 18% de redução.
Na contramão, a Bahia foi a unidade da federação em que o retrocesso foi maior, com 38% de aumento na área coberta pelos alertas.
A secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Andréa Vulcanis, afirma que a redução já é resultado do pacto firmado pelo Governo de Goiás com setores produtivos com o objetivo de zerar o desmatamento ilegal no estado até 2030.
“O objetivo do pacto sempre foi o de assegurar a proteção dos recursos ambientais sem desconsiderar interesses econômicos e a produtividade no estado. Os resultados do Prodes Cerrado mostram que temos razão quando dizemos que é possível crescer de forma sustentável, sem desrespeitar a legislação ambiental e protegendo as nossas riquezas naturais”, afirma Andréa Vulcanis.