HGG realiza seis transplantes renais durante o Carnaval

Jair comemorou ter encontrado um doador compatível depois de um ano de espera por um transplante (Foto: HGG)

No feriado de Carnaval, a equipe do Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG), em Goiânia, devolveu a esperança de vida para seis pacientes que passaram por transplantes renais. Duas das cirurgias foram na modalidade intervivos, quando o doador vivo é geralmente um familiar.

Os outros quatros procedimentos foram possíveis devido a órgãos captados pela rede de transplantes. O HGG é referência no estado em transplantes renais desde a habilitação em 2017. Até o momento, já foram realizados 889 procedimentos na unidade de saúde.

Transplantes renais

Médico nefrologista e um dos profissionais responsáveis pelos transplantes intervivos do feriado, Júlio César Soares Barreto explica que os pacientes apresentavam quadros de hipertensão arterial e diabetes, duas das principais causas de insuficiência renal, que levam à necessidade de transplante.

“A qualidade de vida dos pacientes cai com a perda da capacidade dos rins, principalmente com a hemodiálise”.

No caso do transplante intervivos, também não há nenhum risco para a saúde para quem doa o órgão. Júlio Cesar Barreto ainda esclarece sobre a seriedade do sistema de transplante brasileiro.

“No Brasil, os transplantes são extremamente controlados, um dos programas mais sérios do mundo. Além disso, dialogar com a família e mostrar o desejo em ser um doador de órgãos faz com que essa corrente do bem nunca acabe”, completa.

José Souza Silva era um dos pacientes que aguardava o transplante, na expectativa de se livrar da hemodiálise. “Espero ter uma vida mais saudável, e voltar a realizar atividades que ficavam restritas devido ao problema renal”, pontuou. A irmã de José, Cleidiana Souza Silva, doadora do rim, afirmou que o seu desejo era salvar a vida do irmão. “É um ato de amor, meu para ele”, ressaltou.

Depois de esperar um ano e fazer tratamento renal desde 2008, Jair Ferreira de Santos recebeu a notícia de que havia surgido um doador compatível durante o carnaval. “Fiquei muito feliz. Foi muito bom curtir a folia de um jeito diferente”, finalizou o paciente.