Goiás exporta material genético avícola
O trabalho desenvolvido pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) para assegurar a sanidade animal no ambiente produtivo tem proporcionado destaque à atividade avícola goiana e credibilidade do Estado no mercado exterior.
É por esse motivo que Goiás tem recebido visitas técnicas internacionais para conhecer o potencial local e ampliar exportação de inovações e tecnologias adotadas ao sistema produtivo. Nos dias 9, 10 e 17 de maio, auditoras fiscais do México estiveram em território goiano para realizarem a habilitação e a renovação de estabelecimentos que exportam material genético avícola.
A fiscal estadual agropecuário, Silvânia Andrade Reis, foi a responsável pelo acompanhamento, por parte da Agrodefesa, com o intuito de certificar que os produtores estão realizando o trabalho adequado para a exportação. Representantes das Unidades Regionais Rio Itiquira e Rio Paranaíba e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) também participaram da agenda.
Material genético avícola
Segundo Silvânia, a Agência acompanha o processo produtivo, fornecendo assistência permanente aos estabelecimentos produtores.
“Em períodos que antecedem às auditorias, os profissionais da Agrodefesa também se ocupam em revisar questões já abordadas em vistorias corriqueiras, certificando que todo o trabalho realizado esteja de acordo com o exigido. O foco ainda é assegurar a sanidade no ambiente produtivo, o que impacta diretamente a economia em Goiás”, ressalta.
Além de Goiás, as auditoras mexicanas estiveram nos estados de Minas Gerais e São Paulo. Durante as visitas, foram analisadas documentação das empresas relativas a registros, certificados, capacidade de alojamento, garantias de biosseguridade e todos os procedimentos relacionados ao monitoramento de pragas, desinfecção de áreas, higienização de funcionários e principalmente rastreabilidade que assegura que os ovos galados enviados ao México vão gerar pintinhos de qualidade esperada.
Cadeia relevante
Atualmente, o Brasil é o maior exportador de carne de frango, alcançando 150 países, e o segundo maior produtor do mundo, de acordo com informações da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Somente em março deste ano, foram mais de 418,1 mil toneladas exportadas, tendo como principais destinos países como Emirados Árabes Unidos com 40,7 mil toneladas, em seguida China, com 38,9 mil toneladas e Arábia Saudita, com 35 mil toneladas.
Esse potencial brasileiro tem atraído empresas internacionais para conhecerem também a genética e as práticas de produção adotadas no País. O último levantamento da ABPA aponta que as exportações brasileiras de material genético avícola (incluindo pintos e ovos férteis) chegaram a marca de 2,646 mil toneladas em fevereiro deste ano.
O número é 13,8% maior que o total exportado no mesmo período do ano passado, com 2,325 mil toneladas. O México é o principal destino e importou 1,656 mil toneladas no primeiro bimestre deste ano. Depois do México, os principais destinos das exportações brasileiras de material genético são Senegal, Paraguai, Venezuela e Colômbia.
Conforme Silvânia Andrade, o alto desempenho nas exportações é um forte indicador da confiança internacional na biosseguridade da avicultura brasileira.
“A expectativa do setor é que as operações comerciais exteriores continuem crescendo em 2024, confirmando a credibilidade e o reconhecimento do Brasil no mercado exterior em relação à genética avícola”, afirma.
De acordo com ela, para realizar a habilitação para exportação de material genético avícola as empresas interessadas devem acessar o site do Mapa e conferir os requisitos exigidos pelo país de interesse. Para a exportação ao México, por exemplo, o produtor deve atender às exigências contidas em ofício, publicado no site, apresentar os laudos laboratoriais e as demais documentações à Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento em Goiás (SFA/GO).
Mais orientações para exportação de material genético avícola estão disponíveis no seguinte link.