Servidores da Brasil Central são premiados no 25º Fica

Na mostra de Cinema Goiano, a melhor direção de curta metragem ficou com Fausto Borges, junto com Amanda Costa, com o documentário Sobre a cabeça os aviões (Foto: ABC)

Dois servidores da Agência Brasil Central foram premiados no 25º Festival de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica). A animação Consumidos, de Caco Pereira, conquistou o Prêmio João Bennio de melhor filme goiano. Na mostra de Cinema Goiano, a melhor direção de curta metragem ficou com Fausto Borges, junto com Amanda Costa, com o documentário Sobre a cabeça os aviões.

O anúncio da premiação foi neste domingo (16), último dia do evento, que foi realizado na cidade de Goiás pela Secretaria de Cultura de Goiás (Secult), em correalização com a Universidade Federal de Goiás (UFG).

Animação

Na animação Consumidos, de Caco Pereira, o protagonista é Lázaro, que nunca foi um garoto de verdade. Ele só se alimenta de pílulas. Nessa realidade distópica, os pobres só se alimentam de pílulas. E o maior desejo de Lázaro é comer comida de verdade, uma única vez na vida. Este é o primeiro prêmio que Caco Pereira recebe como diretor e roteirista.

“Foi o lançamento do filme, então significa muito pra mim porque foi uma estreia fantástica”, declarou.

Lembrou que está começando uma nova fase de sua vida, pois antes era montador (de vídeos). E já com uma premiação tão importante como a do Fica, que é considerado um dos maiores festivais de cinema de Goiás. “É um festival importantíssimo do nosso calendário. Só tenho a agradecer”, resumiu.

Curta-metragem

O curta-metragem Sobre a cabeça os aviões é um documentário que visita a Escola Municipal Rural São José do Pontal, em Rio Verde, dez anos depois do envenenamento de 92 pessoas, entre adultos e crianças, causado por um avião de pulverização de agrotóxicos.

O curta mostra os impactos do acidente na saúde e na vida das crianças que vivem em comunidades rurais goianas, sob o ponto de vista delas.

Segundo Fausto Borges, o prêmio é “muito importante” para ele e Amanda. Primeiro, porque reconhece a luta e a resistência dos povos acampados e assentados contra a investida do agronegócio.

“Esse prêmio reconhece a luta deles para poder viver com dignidade”, disse. Informou que os dois estão começando como documentaristas e realizando outros trabalhos nessa mesma linha do meio ambiente, sendo que a conquista “dá fôlego”, reconhece o esforço deles.

Fausto destacou também sua relação com a TV Brasil Central, apontada como “uma escola”, porque foi onde ele manteve contato com profissionais experientes (diretor de fotografia, diretores de produção e cinegrafistas).

“Acho que esse documentário tem um pouco do que foi essa escola para mim na TBC, onde eu quis me aprofundar no cinema, estudei na UEG e pude dirigir alguns programas, sempre aprendendo com os colegas”, afirmou. A conquista mostrou que Amanda e ele têm de seguir neste caminho, completou.