“O Agro sabe ser solidário”, diz Gracinha em lançamento de programa para arrecadação de alimentos
“O agro é o setor que produz e traz riqueza para o Brasil e que também, na hora que é chamado, sabe ser solidário e atender aqueles que mais precisam”. Assim definiu a coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais e presidente de honra das Voluntárias de Goiás (OVG), primeira-dama Gracinha Caiado, o espírito do movimento “Agro Fraterno”, de iniciativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As parcerias englobam sistema CNA/Senar, Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e Instituto Pensar Agro (IPA).
Lançando nesta quinta-feira (1º/06), em Luziânia, na região do Entorno do Distrito Federal, o movimento idealizado pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, visa mobilizar produtores rurais, empresas e entidades do setor agropecuário para a arrecadação e distribuição de alimentos para famílias em situação de vulnerabilidade social em todo o país. A cerimônia de lançamento do programa contou com a presença da ministra do Mapa, do ministro da Cidadania, João Roma, prefeitos da região do Entorno do DF, deputados federais e representantes de entidades e associações ligadas ao setor.
Representando o governador Ronaldo Caiado, a primeira-dama Gracinha Caiado ressaltou que, em Goiás, o Agro já realiza grandes trabalhos na área social. “Desde o início de 2019, o governador Ronaldo Caiado decidiu investir em tecnologia, infraestrutura, agricultura familiar, regularização fundiária e, claro, na melhoria de vida das famílias vulneráveis do campo”, pontuou. “Foi criado o Agro é Social, parceria entre o Gabinete de Políticas Sociais, a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e a Emater”, informou.
O programa já levou duas toneladas de semente para pequenos produtores em vulnerabilidade e protagonizou grandes programas de incentivo à produtividade e garantia de renda no campo, bem como segurança alimentar. São os casos do Banco de Alimentos da OVG em parceria com a Seapa, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), em parceria com o Ministério da Cidadania, o projeto de cerveja feita a partir da fécula de mandioca, em parceria com a empresa Ambev e a própria Campanha de Combate à Propagação do Coronavírus. Em sua terceira etapa, já levou 750 mil cestas básicas a todos os municípios de Goiás, em parceria com prefeituras, e aos assentamentos rurais e comunidades quilombolas, por meio da Seapa, Emater Goiás e forças de segurança pública do Estado.
Segundo a ministra Tereza Cristina, a iniciativa “Agro Fraterno” pretende promover uma grande mobilização para atender famílias afetadas pela crise causada pela pandemia de Covid-19. “Num momento em que o agro vai muito bem, que o agro não parou com a pandemia, e tem trazido para o Brasil resultados espetaculares, safras recordes, nós pensamos como poderíamos ajudar os mais vulneráveis, como o agro também poderia fazer o social”, disse.
“Numa soma de esforços, sem saber quem vai dar mais ou menos cestas, aqui não estamos numa competição. Nossa competição é para o bem. Podem ter certeza, o Agro Fraterno será o maior programa de distribuição de cestas básicas do Brasil, começando hoje, aqui em Luziânia”, afirmou Tereza Cristina.
No primeiro dia, foi realizada uma doação de 5 mil cestas básicas destinadas ao Sindicato Rural de Novo Gama, Sindicato Rural de Santo Antônio do Descoberto, Sindicato Rural de Cristalina e Central das Associações de Produtores Rurais de Luziânia, todos localizados na região do Entorno do DF.
O ministro da Cidadania, João Roma, destacou que a crise tem sido mais severa para aqueles em situação de vulnerabilidade. “Neste momento em que o mundo inteiro está sofrendo por causa da pandemia, nós sabemos que existem brasileiros e brasileiras que estão sofrendo muito mais”, disse. Ele acrescentou que, diante deste cenário, o agro tem grande potencial de prestar auxílio. “Da mesma forma que o agro tem orgulhado o Brasil pela sua força pela sua virtude, pelo seu potencial tecnológico e produtividade, precisamos, sim, estender as mãos para buscar essa população em vulnerabilidade”, completou.
O prefeito de Luziânia, Diego Sorgatto, discursou em agradecimento ao governo federal e aos ministros de Estado presentes por escolherem o município para o lançamento do programa, que vai levar alimentos para os que mais precisam em todo o país. “Ficamos muito felizes em sediar essa abertura do ‘Agro Fraterno’, programa que não teria melhor hora para chegar e colaborar com a população que está em vulnerabilidade em virtude da pandemia. Aqui em Luziânia não foi diferente”, disse ao lembrar que o pico da pandemia no Brasil se deu nos meses de fevereiro, março e abril de 2021.
Também durante o evento, foi realizado o primeiro registro de doações feitas ao Agro é Fraterno no site da campanha, lançado durante o evento. A partir desta terça-feira (1º/06), produtores, empresas e entidades poderão registrar suas doações no endereço eletrônico www.agrofraterno.com.br.
O deputado federal e presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás, José Mário Schreiner, deu um recado aos produtores rurais, empresários e representantes de entidades e associações rurais para que se solidarizem à causa do Agro Fraterno. “Quero fazer um apelo a todos e dizer que também temos responsabilidade social. Vamos abraçar essa causa e contribuir. Não vamos cobrar que os outros façam. Vamos fazer! Vamos buscar trabalhar por aquilo que nos une, que é o alimento que vai para a mesa dos brasileiros. Neste momento, fazer com que chegue para aqueles que mais precisam”, conclamou.
Também participaram da solenidade de lançamento o presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), João Martins, de forma remota, os deputados federais Célio Silveira (GO) e Evair Melo (ES), o secretário de Desenvolvimento Social de Goiás, Wellington Mattos, o presidente da Emater Goiás, Pedro Rezende, o superintendente do Sebrae Goiás, Antônio Carlos Neto, o diretor geral do Senar, Daniel Carrara, o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro, o presidente do Instituto Agro, Nilson Leitão, o presidente da Central de Associação de Pequenos Produtores de Luziânia e Região (Caprul), Jorge Meirelles e os prefeitos Alexandro Caldato (Santo Antônio do Descoberto), Fábio Corrêa (Cidade Ocidental), Daniel do Sindicato (Cristalina), Waldilei Lemos (Vila Propício) e Carlinhos do Mangão (Novo Gama).