Bananicultores devem cadastrar propriedades rurais no Sidago

Goiás possui 8.550 hectares destinados à produção de banana, Goiás está entre os dez maiores produtores da fruta no país, segundo dados do IBGE (Foto: Wenderson Araújo/CNA)

A Agrodefesa aproveita que no próximo domingo (22/09) é celebrado o Dia Mundial da Banana, para reforçar junto aos bananicultores goianos a importância de realizar o cadastro de propriedades junto ao Sistema de Defesa Agropecuário (Sidago).

O estado de Goiás está entre os dez maiores produtores de banana no país, segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esse posicionamento no ranking nacional se deve ao compromisso dos produtores em adotar medidas fitossanitárias que assegurem a sanidade e a qualidade dos frutos, além do trabalho desenvolvido pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), órgão do Governo de Goiás, para o fortalecimento da defesa agropecuária no estado.

Bananicultores devem cadastrar propriedades rurais junto ao Sidago
Atualmente, são 985 propriedades goianas cadastradas junto ao Sidago totalizando 8.550 hectares de produção (Foto: Agrodefesa)

Segundo o coordenador do Programa de Prevenção e Controle de Pragas em Banana da Gerência de Sanidade Vegetal da Agência, Juracy Rocha Braga Filho, essa medida é importante para:

  • ajudar a identificar pomares,
  • promover ações educativas,
  • adotar práticas que visam prevenir a introdução
  • e a disseminação de pragas quarentenárias como:
    • a Sigatoka Negra,
    • a Moko da Bananeira
    • e a Fusarium oxysporum f.sp cubense raça 4 tropical.

De acordo com ele, para realizar o cadastro, o produtor deve comparecer à unidade da Agência mais próxima de sua propriedade, com a documentação referente a sua propriedade.

Por que o cadastro deve ser feito?

“Por meio dos cadastros junto ao Sidago da Agrodefesa, neste ano foram realizadas 781 fiscalizações e 588 inspeções fitossanitárias em propriedades produtoras de banana, além da emissão de 46.190 documentos de trânsito, sendo destas 33 mil Autorizações de Trânsito de Vegetais, destinadas ao trânsito dentro de Goiás, e 13 mil Permissões de Trânsito de Vegetais (PTV), destinadas ao envio interestadual”, cita Juracy.

Ele reforça que além do cadastro de propriedades, outras medidas devem ser adotadas para que o fruticultor possa proteger a produção.

“É importante não utilizar mudas clandestinas e evitar a multiplicação de mudas próprias para conter a disseminação de fungo, bem como transportar a produção somente em caixas plásticas higienizadas e acobertadas por documentos como nota fiscal, ATV se for para dentro do estado e PTV se for para fora do estado, de modo a evitar barreiras fitossanitárias no comércio nacional de frutos”, orienta.

Atualmente, o maior risco fitossanitário para a bananicultura é a introdução do Fusarium raça 4, que já foi detectado na Colômbia, Peru e Venezuela. Essa praga pode inviabilizar totalmente o cultivo de banana no país.

“Como ações de prevenção ao estabelecimento dessa praga e de outras também destacamos a destruição de restos culturais, eliminação de pomares abandonados, desfolha sanitária, higienização de caixas plásticas e principalmente a aquisição de mudas certificadas”, reforça.

Bananicultores devem cadastrar propriedades rurais junto ao Sidago
Goiás produz mais de 198 mil toneladas por ano, número corresponde a 68% da produção da região Centro-Oeste do país, de acordo com IBGE (Foto: Wenderson Araújo/CNA)

Destaque

O Brasil é o maior produtor de banana na América do Sul e quarto maior no mundo, atrás apenas da Índia, China e Filipinas. Já Goiás produz mais de 198 mil toneladas por ano, número que corresponde a 68% da produção da região Centro-Oeste do país, de acordo com o IBGE.

Atualmente, são 985 propriedades goianas cadastradas junto ao Sidago que somam 8.550 hectares de produção.

“Pela importância da atividade para a economia goiana, a Agrodefesa tem sido parceira do bananicultor em Goiás e trabalhado para levar informações e orientações para todos. O foco é contribuir para manter o padrão de qualidade da produção e promover o desenvolvimento da bananicultura goiana”, finaliza.

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