Saúde capacita em órteses e próteses

Denivaldo Miranda integra a primeira turma de alunos que já trabalha na área de órtese e prótese e que será qualificada (Texto e foto Gabriela Dutra )

A Superintendência da Escola de Saúde (Sesg), unidade do Governo de Goiás, passa a ser a primeira instituição de saúde pública a oferecer o curso de formação Técnico em Órteses e Próteses (TOP) em nível nacional. O projeto é uma iniciativa do Ministério da Saúde, em parceria com o Instituto de Comunicação e Informação Cientifica e Tecnologia em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (ICICT/Fiocruz) e a Oficina Ortopédica do Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), única instituição habilitada pelo Ministério da Saúde (MS) no País para essa finalidade.

A capacitação é direcionada a profissionais que já atuam como ortesistas e protesistas nas oficinas ortopédicas habilitadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas Regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste do País. A primeira turma é composta por 13 alunos que já trabalham na área e que serão qualificados para atuarem com autonomia e competência na dispensação, confecção, adaptação, manutenção de órteses e próteses e meios de locomoção (OPM).

Um dos alunos é Denivaldo Miranda Feu, que há cinco anos é auxiliar de órtese e prótese do Crer. Além de dar suporte aos técnicos ortopédicos, Denivaldo também tira medidas dos pacientes e ajuda no acabamento da produção da Oficina Ortopédica. O ofício foi aprendido na prática e, até o momento, o auxiliar não teve oportunidade de ser qualificado e habilitado para o serviço. “Eu aprendi perguntando aos colegas mesmo. Um conhecimento bem prático, colocando a mão na massa”, conta.

Denivaldo acredita que a capacitação técnica em órteses e próteses será um divisor de águas na sua profissão. “Não existia nenhum conteúdo sobre o assunto disponível na internet, seja no Youtube ou em comunidades específicas. O pouco que a gente encontrava era muito superficial e não dava para agregar no trabalho, pois faltava muita informação. Acredito que agora será diferente”, explica.

Além de melhorar o atendimento aos pacientes do SUS, Denivaldo acredita que o curso será uma oportunidade de agregar valor à carreira profissional. “A qualificação nos dá mais chances de crescimento profissional, além de melhorar a entrega do produto aos pacientes do SUS. Aí todos saem ganhando, né?”

A formação em órtese e prótese deve durar 16 meses (64 semanas), totalizando 1,2 mil horas/aula, distribuídas entre aulas teóricas, práticas, vivências no território e atividades no ambiente virtual de aprendizagem (AVA-TOP). 

Sobre o Crer
Uma das unidades hospitalares da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), o Crer atende especialmente o grande incapacitado, exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde – SUS, e é reconhecido pelo MS como Centro Especializado em Reabilitação (CER) 4, por sua atuação na reabilitação de pessoas com deficiência física, auditiva, visual e intelectual. 

O Crer é também o primeiro hospital de reabilitação do País e o primeiro hospital público do Centro-Oeste com o certificado de Acreditação com Excelência – Nível 3 da Organização Nacional de Acreditação (ONA).