Em formação da Seduc, Lilian Bacich orienta tutores sobre ensino híbrido

O ensino híbrido é um modelo que une experiências presenciais, na sala de aula, com experiências remotas, mediadas por tecnologias digitais, vivenciadas pelos estudantes em casa (Foto: Seduc)

A diretora da Tríade Educacional, Lilian Bacich, participou nesta quarta-feira (16/6) da formação da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) de Goiás e dialogou sobre o ensino híbrido com tutores educacionais e assessores pedagógicos da rede pública estadual de ensino.

A doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo (USP) explicou que o ensino híbrido é um modelo que une experiências presenciais, na sala de aula, com experiências remotas, mediadas por tecnologias digitais, vivenciadas pelos estudantes em casa. Além disso, o ensino híbrido foca na personalização e na centralidade do estudante no processo de aprendizagem, instigando sua autonomia e protagonismo nos estudos.

Ensino híbrido x aulas transmitidas ao vivo

Lilian Bacich esclareceu que esse conceito não se aplica à transmissão de aulas ao vivo, com a presença de alguns estudantes em sala de aula. “Isso não é ensino híbrido, é transmissão de aula ao vivo. O ensino híbrido é a soma do que fazemos juntos na escola com o que o aluno faz sozinho em casa”, enfatizou Lilian.

A doutora também explicou que cada instituição de ensino pode desenvolver um modelo diferente de ensino híbrido, conforme o perfil dos seus estudantes e sua estrutura física, para combinar metodologias presenciais e remotas.

Retorno parcial das aulas presenciais em agosto

Referindo-se ao retorno parcial das aulas presenciais na rede estadual em agosto, em regime híbrido, Lilian Bacich afirmou que o professor não precisa de dois planos de aula diferentes, e sim um único plano que alcance todos os estudantes, tanto os que optarem pelas aulas presenciais quanto os que continuarem apenas em regime remoto.

No entanto, ela defende a importância da aula presencial para a recuperação das aprendizagens perdidas durante a pandemia: “Para realmente possibilitar uma intervenção mais efetiva, é o aluno em sala de aula. Enquanto a gente não tiver isso, a gente vai ficar lidando com os mesmos desafios do remoto. O que a gente vai ter de benefício é com aquele que voltar [para a aula presencial]”, argumentou.

No ensino híbrido, a escola não faz tudo sozinha

Nesse retorno, a corresponsabilidade da família e do estudante também vai ser determinante para mitigar as perdas de aprendizagem. “Alguns acham que no retorno às aulas presenciais a escola vai dar conta de tudo. Mas a escola já não dava conta de tudo sozinha antes! Tem que ativar todos os agentes da comunidade escolar (família, aluno, professor, gestor), todo mundo que está envolvido, a vivenciar novas dinâmicas de aula”, afirmou Lilian.

Lilian também ressalta que a educação híbrida não deve ser vista como “algo que desmereça o trabalho do professor ou massifique a educação, mas como algo que dê possibilidade para esse professor, quando estiver com seus alunos ali, desenvolver esse aluno de uma forma integral”.