PC fecha laboratório de maconha usado para produção de shampoo

A Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (DENARC) deflagrou, nesta quinta-feira (20/03), a Operação Oil Green, em Goiânia, com o objetivo de desarticular grupo criminoso responsável pelo plantio, cultivo, produção e venda ilegal de produtos (óleo e shampoo antiqueda) derivados da cannabis sativa (maconha) por meio de rede social, para todo o Brasil.
A ação cumpriu quatro mandados de prisão temporária e cinco mandados de busca e apreensão domiciliar.
A investigação teve início com a interceptação, pelos Correios, de encomendas enviadas de Goiânia que continham frascos de óleo de maconha e tinham com destinatários pessoas de outros estados.
Dando continuidade à investigação, foi identificado um grupo criminoso composto por quatro pessoas que plantava e cultivava cannabis sativa em residências vinculadas aos investigados, produzia os produtos derivados da droga e os vendiam pelas redes sociais para todo o país.
Os investigados produziam e vendiam os produtos como uma forma alternativa de tratamento para diversas doenças, sem qualquer tipo de autorização e controle do órgão sanitário competente. O grupo atuava, aproximadamente, há cinco anos e vendia cada unidade por R$ 300.
Cultivo da maconha
Durante as buscas, em um apartamento que fica no Setor Bueno, em Goiânia, foram localizadas duas estufas com diversos pés de cannabis sativa, frascos, rótulos, produtos já prontos para venda e outros objetos que demonstram que, naquele local, funcionava uma espécie de laboratório.
Além do plantio e cultivo da planta de maconha, local era usado para manipulação, envasamento e produção dos produtos derivados da planta.
O que diz a lei
A importação, fabricação e comercialização de produtos derivados de cannabis, para fins terapêuticos e medicinais, é permitida, desde que a pessoa interessada tenha autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária- ANVISA. A produção artesanal e comercialização ilegal desses produtos, sem o devido controle da autoridade sanitária traz risco à saúde humana.
Em alguns casos, o Poder Judiciário autoriza, de forma excepcional, sempre para fins terapêuticos e medicinais, o plantio, cultivo e extração de produtos a base de cannabis apenas para uso próprio, sendo vedada a comercialização ou cessão a qualquer título da substância produzidas.
Uma das investigadas, inclusive, possuía autorização judicial para realizar tais condutas, entretanto, ficou demonstrado que ela, na verdade, usava essa autorização para realizar a comércio dos produtos derivados da planta, e não para o seu uso.
A investigação prossegue para identificar outras pessoas que eventualmente tenham participação no esquema criminoso.
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Operação fecha laboratório de maconha usado na produção de óleo e shampoo
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