Agrodefesa reforça vigilância para evitar mosca-da-carambola em Goiás

Até o momento, análises laboratoriais e laudos oficiais confirmam que a Bactrocera carambolae não foi detectada em território goiano, reforçando a eficácia das ações de prevenção e vigilância (Foto: Danilo Nascimento/Embrapa)

Goiás mantém o status de área livre da mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae), uma praga de importância quarentenária que representa sérios riscos à fruticultura e pode resultar em restrições comerciais internacionais.

Esse status fitossanitário é garantido por meio de um rigoroso trabalho de inspeção e monitoramento realizado pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e produtores rurais.

Para evitar a introdução da praga no estado, a Agrodefesa realiza levantamentos fitossanitários contínuos, utilizando 40 armadilhas instaladas em áreas estratégicas, como pontos de trânsito de cargas e circulação de pessoas vindas de regiões onde a praga está presente.

Os fiscais estaduais agropecuários monitoram, quinzenalmente, 38 dessas armadilhas distribuídas em 34 municípios goianos, incluindo: Anápolis, Porangatu, Goiânia, Rio Verde, Jataí, Catalão, Cristalina e Itumbiara.

Sob supervisão de auditores federais do Mapa, outras duas armadilhas estão instaladas no Aeroporto de Goiânia e na Rodoviária da capital.

Até o momento, análises laboratoriais e laudos oficiais confirmam que a Bactrocera carambolae não foi detectada em território goiano, reforçando a eficácia das ações de prevenção e vigilância.

Atualmente presente nos estados do Amapá, Pará e Roraima, a praga possui uma ampla gama de hospedeiros, atacando frutas como: carambola, citros (laranja), goiaba, manga e mamão.

A introdução da mosca-da-carambola em Goiás poderia comprometer a exportação de frutas, levando ao embargo de cargas e ao aumento das exigências fitossanitárias no comércio internacional.

“A manutenção do status fitossanitário de Goiás como área livre da mosca-da-carambola fortalece a fruticultura goiana e garante que nossos produtos atendam aos requisitos para comercialização no mercado nacional e internacional”, destaca o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos.

Impactos econômico e fitossanitário

Os danos causados pela mosca-da-carambola vão além da destruição das frutas, que apodrecem e caem antes da colheita. O impacto econômico é expressivo, aumentando os custos de produção devido às medidas de controle e restringindo a comercialização interestadual e internacional.

Além disso, a erradicação da praga em áreas infestadas exige ações rigorosas, como:

  • controle químico,
  • destruição de frutos hospedeiros
  • restrições no transporte de produtos agrícolas.

O assessor técnico da Diretoria de Defesa Agropecuária, Leonardo Macedo, reforça a importância do monitoramento contínuo.

“Nosso trabalho preventivo não só protege os produtores rurais de Goiás, mas também assegura a competitividade da fruticultura estadual no cenário global”.

“A presença dessa praga no estado traria prejuízos significativos para toda a cadeia produtiva”, alerta.

Como identificar a mosca-da-carambola

A Bactrocera carambolae é uma mosca-das-frutas da família Tephritidae, classificada como praga quarentenária presente no Brasil. Os adultos medem entre 7 e 8 mm, possuem tórax negro e abdome amarelado com listras negras em formato de “T”. As fêmeas depositam ovos sob a casca dos frutos, e as larvas se alimentam da polpa, causando perdas na produção.

A coordenadora do Programa de Prevenção e Controle de Pragas em Citros da Agrodefesa, Mariza Mendanha, explica que a presença da praga pode ser identificada por sinais como perfurações na casca dos frutos e áreas de apodrecimento.

Ela reforça que a vigilância contínua e a colaboração de produtores e da população são fundamentais para o trabalho de prevenção à mosca-da-carambola.

“Em caso de qualquer suspeita, é essencial comunicar imediatamente a Agrodefesa pelo telefone 0800 646 1122. Trabalhando juntos, garantimos a sanidade vegetal do nosso Estado”, finaliza.

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