Consulta avalia risco de extinção de anfíbios em Goiás

A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) realiza uma consulta ampla para avaliar o risco de extinção de espécies de anfíbios presentes em Goiás. A comunidade científica tem até 17 de abril para contribuir com informações.
As contribuições devem ser feitas pelo site BioData (https://biodata.meioambiente.go.gov.br). Na aba “buscar”, é possível ver a lista das espécies que serão avaliadas. Para participar com informações, basta clicar na espécie de interesse no botão “consultar” e preencher as informações na aba “contribuições”.
Extinção de anfíbios
Assim que recebidas, as contribuições serão verificadas por especialistas para posterior inclusão em uma ficha de espécies. O objetivo é direcionar esforços para a conservação da biodiversidade a nível local.
O gerente de conservação, biodiversidade e fauna da Semad, Max Vinicius, explica que as avaliações realizadas a nível estadual são importantes para direcionar esforços de conservação local.
“Poucos estados brasileiros têm conseguido realizar essas avaliações devido ao nível de complexidade científica envolvida no processo”, afirma.
Espécies ameaçadas
Essa é a primeira vez que Goiás vai ter sua própria lista de espécies ameaçadas de extinção. Atualmente, o que se tem são dados nacionais, produzidos pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Neste cenário, é possível que alguma espécie esteja ameaçada em Goiás, mas a realidade não é reconhecida nacionalmente.
A ideia é que com as informações coletadas, a Semad tenha condições de estabelecer estratégias adequadas para cada tipo de espécie em risco. A expectativa é avaliar todas as 1,7 mil espécies de vertebrados que ocorrem no estado, incluídas nos grupos de mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes; bem como as 900 espécies de invertebrados, dentro dos grupos: libélulas, aracnídeos, moscas e abelhas.
Para reunir o máximo de informações sobre as espécies que serão avaliadas, todas de vertebrados e invertebrados, vão passar por uma consulta ampla. Por isso, toda comunidade científica está sendo convocada a participar do processo. Dia 15 de março foi o prazo final para contribuir com informações de espécies de Odonada (libélulas).
A avaliação de risco de extinção de espécies depende da aplicação da metodologia científica União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), que é reconhecida e utilizada pelo ICMBio para as avaliações nacionais. Para isso, foi desenvolvido o BioData, um sistema estadual que serve para as avaliações, armazenamento e disponibilização dos dados da biodiversidade goiana.
Por enquanto, o BioData é de acesso restrito aos gestores públicos e especialistas que participam do processo de avaliação de risco de extinção. Mas ao final do processo de avaliação, o site público estará disponível para os cidadãos.