Secult entrega restauração da Catedral de Sant’Ana, na cidade de Goiás

A Secretaria de Estado da Cultura (Secult) fará a entrega das obras de restauração da Catedral de Sant’Ana, na cidade de Goiás, na quarta-feira (16/04). A missa de reabertura do templo religioso será às 19 horas.
O restauro faz parte do projeto Fé, Religiosidade e Devoção, que investe na preservação de igrejas históricas em todo o estado.
Com investimento de R$ 4,6 milhões do Governo de Goiás, os serviços de reparo tiveram início em julho de 2024. Os trabalhos na edificação incluíram serviços de revisão do telhado; troca de forros e pisos; sistemas elétricos; instalação de novas calhas; recuperação das lajes; tratamentos de paredes e colunas com trincas; recuperação de esquadrias; restauração dos ornamentos em gesso; além de restauração e higienização dos sinos das torres.
Para a secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes, a entrega das obras de restauração de mais esse templo religioso reflete o compromisso do governo com a preservação da cultura e da história de Goiás.
“Por meio do projeto Fé, Religiosidade e Devoção, estamos valorizando nossas igrejas históricas e garantindo que as futuras gerações possam desfrutar desse legado”, destaca a titular
Restauração da Catedral de Sant’Ana
Tombada como Patrimônio Histórico, a Catedral de Sant’Ana é uma edificação significativa para toda a comunidade vilaboense. A igreja começou a ser construída de forma rudimentar em 1743 e abriga um conjunto de cinco murais produzidos pelo artista plástico e sacerdote espanhol Cerezo Barreto.
O templo possui elementos típicos do estilo neoclássico.
No projeto de restauro da igreja, priorizou-se a intervenção em elementos arquitetônicos ou artísticos de maior valor histórico e em áreas com riscos estruturais, enquanto áreas menos significativas receberam tratamentos mais simples, como pintura.
A teoria moderna do restauro defende a mínima intervenção e a reversibilidade dos processos. Por isso, parte do templo religioso não foi pintado, permanecendo as camadas históricas originais.
Nesse caso, o foco foi preservar ou recuperar o material existente, utilizando serviços de lixação e polimento, além de integrar partes faltantes. Para isso, mantiveram-se rigorosamente as cores, técnicas e materiais originais; como no forro de gesso com desenhos, que passou por uma análise para determinar qual “tom de branco” era usado originalmente.
Por isso, a fachada do templo apresenta elementos de diversas correntes arquitetônicas, combinando estilos mais modernos com outros mais antigos, ainda em tijolo.