Profissionais da Ala Infantojuvenil do Cora iniciam atividades

Profissionais que vão atuar no Cora alinham protocolos para receber os pacientes: primeiro hospital público oncológico do Brasil deve começar a operar no início de maio (Foto: Marco Monteiro)

Os profissionais que vão atuar na Ala Infantojuvenil do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora) iniciaram, nesta terça-feira (22/4), as atividades dentro do hospital. A recepção dos novos trabalhadores foi feita pelo secretário da Saúde, Rasível Santos e o presidente da Fundação Pio XII, Henrique Prata.

Durante o encontro, foram apresentados os números e resultados obtidos no Hospital de Barretos, em São Paulo, referência nacional no tratamento oncológico e modelo de gestão que será replicado no Cora, que deve começar a receber pacientes no início de maio.

Cora

O treinamento dos 270 profissionais teve início no dia 2 de abril, tendo todas as etapas do processo seletivo sido conduzidas pelo Núcleo de Seleção da matriz, em Barretos.

“É um mês que a gente chama de operacional zero. É para recepcionar as pessoas, para treiná-las nos protocolos. Temos feito cursos também à distância, EAD, visitas ao Hospital de Barretos para verificar como estão funcionando. Então assim que for montando as equipes e finalizando a obra de cada um dos locais, a gente já inicia”, explicou o titular da SES.

Esse foi o primeiro encontro do presidente do Hospital do Amor com os colaboradores do Cora. “O Hospital do Amor é feito pelas pessoas e não por remédios. É você ter respeito, amor, oferecer dignidade, reconstituir a autoestima dessas pessoas, que já chegam aqui para baixo, desesperadas e esse vai ser o diferencial”, ressaltou Henrique Prata, ao destacar que o Cora será uma referência nacional no combate ao câncer e o maior Complexo Hospitalar Público (100% SUS) de combate ao câncer do Estado de Goiás e da região Centro-Oeste.

Entre os profissionais que atuarão na unidade de saúde está Bruno Sérgio de Souza Borges, enfermeiro coordenador do Centro de Intercorrências Ambulatoriais (CIA) do hospital. Segundo ele, é no CIA que os pacientes recebem os primeiros atendimentos.

“Nós estamos habilitados para atuar no serviço de urgência e emergência de pacientes na oncopediatria, de baixa, média e alta complexidade”, afirma. O enfermeiro ainda falou da expectativa de iniciar as atividades oficialmente, no próximo mês. “Trazer esse amor para o paciente, desde a chegada dele até a saída do hospital, muda todo o cenário do tratamento, não só para ele, mas também para os seus familiares”, completou.

Estrutura

O Cora contará com serviço de diagnóstico precoce e a mais avançada tecnologia no tratamento ao câncer, incluindo transplante de medula óssea. A Ala Pediátrica terá 48 leitos de internação para crianças e adolescentes, sendo 11 leitos de UTI pediátrico e Transplante de Medula Óssea (TMO), centro cirúrgico, farmácia, centro de exames por imagem e infusão quimioterápica.

Quando estiver em pleno funcionamento, o hospital terá 148 leitos e ampliará a oferta de tratamentos oncológicos de alta complexidade também para adultos.

A obra prevê R$ 192,7 milhões aplicados nesta primeira fase e investimentos totais que ultrapassam R$ 724 milhões. Será o único hospital da região com equipamento de ressonância dentro do centro cirúrgico para alta performance das cirurgias e o único também da região com tecnologia de filtragem do ar na ala de recuperação para circulação de pacientes e acompanhantes.

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