Conheça ciclos e tipos de violência doméstica, e como denunciá-los
Seds segue com ações de fortalecimento da campanha “Todos Por Elas – Pacto Goiano pelo Fim da Violência contra a Mulher”, agora com o “Dia Laranja”.
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds), segue com as ações de fortalecimento da campanha “Todos Por Elas – Pacto Goiano pelo Fim da Violência contra a Mulher”, agora com o “Dia Laranja”. Assim, durante esta sexta-feira (25/06), a Seds divulga material sobre o assunto. Neste mês de junho, o tema tratado são os ciclos e tipos de violência doméstica.
Em Goiás, o Governo Estadual oferece ajuda a mulheres vítimas de violência por meio de alguns canais. É possível pedir ajuda na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) ou em delegacias comuns. Também há o aplicativo Goiás Seguro, com a Patrulha Maria da Penha. É possível ainda entrar em contado com a Central de Atendimento à Mulher, pelo número 180. Para atendimento psicológico e orientação jurídica, a mulher deve entrar em contato com o Centro de Referência Estadual da Igualdade pelo número (62) 98306-0191.
Segundo dados do Instituto Maria da Penha, fundado em 2009, após a promulgação da Lei Maria da Penha, em 2006, há três principais fases do ciclo da violência doméstica. O Instituto se baseia em um estudo da psicóloga norte-americana Lenore Walker, que identificou que as agressões cometidas em um contexto conjugal ocorrem dentro de um ciclo que é constantemente repetido, mesmo tendo diversas especificidades.
A fase 1 é conhecida como “Aumento de Tensão”. Nesse primeiro momento, o agressor se mostra uma pessoa tensa e irritada, normalmente por razões que são insignificantes, chegando a ter acessos de raiva. Há também humilhação da vítima, ameaças e destruição de objetos da casa. Em geral, a vítima nega que isso está acontecendo com ela. Porém, essa tensão pode durar dias ou anos, mas como aumenta cada vez mais, é provável que a situação levará à fase 2.
A segunda fase é a da agressão, quando o agressor chega ao limite do ato violento. Aqui, toda a tensão da fase 1 é materializada em violência verbal, física, psicológica, moral ou patrimonial. Normalmente, mesmo a mulher tendo consciência de que o agressor está fora de controle, ela se paralisa e não consegue ter reação.
Este é um momento em que a mulher pode buscar por ajuda, pedir separação ou até se esconder em casa de amigos ou parentes. Geralmente ela se afasta do agressor por um tempo.
A fase 3 é conhecida como “Fase Lua de Mel”. Ela acontece quando o agressor diz se arrepender, e, assim, se torna amável para conseguir uma reconciliação. Normalmente a mulher se sente pressionada a manter seu relacionamento, principalmente se o casal tem filhos. Durante a fase 3, há um momento de calmaria, onde há um misto de sentimentos. Por fim, a tensão volta, e o ciclo retorna à fase 1.
Tipos de violência doméstica
Na Lei Maria da Penha, estão previstos cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial. A violência física é considerada como qualquer conduta que seja ofensiva à integridade ou saúde corporal da mulher. Já a violência psicológica, é aquela que causa dano emocional e que prejudica o desenvolvimento da mulher. Nela, o agressor tenta controlar ou rebaixar as suas ações, seus comportamento e suas decisões.
A violência moral é aquela que configura calúnia, difamação ou injúria. A violência sexual é qualquer conduta que constranja a mulher, forçando-a a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada. Isso é feito por intimidação, ameaça, coação ou uso da força.
Já a violência patrimonial é aquela em que o agressor retém, subtrai ou destrói, mesmo que parcialmente, objetos da mulher.