Rins e córneas são doados em nova captação de órgãos no Hetrin

Equipe do Hetrin, ao lado dos profissionais da Central Estadual de Transplantes e Fundação Banco de Olhos de Goiás, após a 4ª captação de órgãos realizada na unidade (Foto: Débora Alves/Imed)

O Hospital Estadual de Trindade – Walda Ferreira dos Santos (Hetrin), unidade do Governo de Goiás, realizou a quarta captação de órgãos para transplante. Na ocasião, foram captados rins e córneas que irão beneficiar pacientes que aguardam na lista de espera do Sistema Nacional de Transplantes (SNT).

O doador era um homem de 64 anos, que teve morte encefálica determinada por protocolos seguidos por lei. Com a autorização familiar concedida, os órgãos captados darão a chance de uma nova vida a outras pessoas.

Captação de órgãos

Todo o processo contou com o apoio das equipes da Central Estadual de Transplantes (CET), unidade da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) e da Fundação Banco de Olhos de Goiás (Fubog) juntamente com a equipe do hospital.

Apesar da difícil decisão e da dor da perda, as famílias são abordadas e amparadas pela equipe multidisciplinar da Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) da unidade.

Equipe é composta por profissionais do serviço social, psicólogos, equipe médica, enfermagem e outros setores fundamentais para viabilizar a captação. A comissão desempenha papel essencial na descentralização e efetivação do processo de doação de órgãos.

Segundo Pollyana Bueno, presidente da CIHDOTT e gerente assistencial do Hetrin, a atuação da comissão é essencial para garantir um processo ético e humanizado.

“A doação de órgãos é um gesto de generosidade que transforma vidas. Aqui no Hetrin, nossa missão é garantir que esse processo ocorra com ética, respeito e acolhimento às famílias. A CIHDOTT tem um papel fundamental nesse cenário, promovendo a sensibilização, o cuidado humanizado e a articulação entre as equipes envolvidas na captação. Cada doação representa a esperança de um recomeço para quem está na fila de espera, e somos gratos às famílias que, mesmo em um momento de dor, escolhem salvar outras vidas”, afirma.

Doação de órgãos

A doação de órgãos é um ato de amor que possibilita salvar muitas pessoas. A doação após morte encefálica só acontece com autorização da família. Por isso é importante comunicar para as pessoas mais próximas o desejo de se tornar um doador.

A posição da pessoa na fila para transplante de órgãos depende de diversos fatores, tais como compatibilidade, idade, doenças associadas e grau de urgência, conforme avaliação da equipe transplantadora e sempre com o conhecimento do receptor.

Quem regula a fila é o Sistema Único de Saúde (SUS) e os órgãos doados vão para pacientes que aguardam na fila nacional única, controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes.