Seis pessoas são presas por cárcere privado e sequestro

Clínica, que opera sem alvará de funcionamento, é também investigada por realizar internações compulsórias ilegais, com uso de contenção física e química, além da prática de maus-tratos (Foto:PC)

A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher (Deaem), deflagrou, nesta quinta-feira (14), a Operação Anathema, prendeu preventivamente seis pessoas e cumpriu dois mandados de busca e apreensão e suspensão do exercício de atividade econômica.

A ação visou desarticular uma associação criminosa responsável por cárcere privado qualificado, sequestro e lesão corporal.

A investigação começou após o desaparecimento de uma mulher, em 7 de maio deste ano, que foi localizada em uma clínica terapêutica irregular, em Goiânia. A vítima foi internada compulsoriamente, sem necessidade médica, por ordem da mãe e da irmã, para impedir a participação em audiência judicial relacionada à questões patrimoniais familiares.

Cárcere privado

A clínica, que opera sem alvará de funcionamento, é também investigada por realizar internações compulsórias ilegais, com uso de contenção física e química, além da prática de maus-tratos. Vinte internas do local relataram à PCGO que estavam ali contra a vontade e foram ouvidas pela equipe policial que dará andamento nas próximas diligências. Houve também a determinação judicial para a suspensão das atividades econômicas do espaço.

Foram presos Leonardo Carneiro de Abreu Vieira, Rosane de Fátima Oliveira, Andiara Silva da Costa e Christiano Carneiro de Abreu Vieira, investigados que atuavam diretamente na clínica.

O nome da Operação, Anathema, vem do grego e significa “algo ou alguém amaldiçoado ou condenado à rejeição absoluta” — referência à gravidade e à total reprovação social e jurídica das práticas criminosas investigadas.

A divulgação da identificação dos presos foi procedida nos termos da Lei nº 13.869/2019 e da Portaria nº 547/2021 – PC, conforme despacho do(a) delegado(a) de polícia responsável pelo inquérito policial, de modo que a publicação de sua imagem possa auxiliar no surgimento de novas vítimas e testemunhas que façam seu reconhecimento, além de novas provas.