De fevereiro a julho deste ano, 17 drones foram interceptados no Complexo Prisional

As aeronaves não tripuladas apreendidas valem cerca de R$ 200 mil. (Foto: DGAP)

A Polícia Penal do Estado de Goiás divulgou, nessa segunda-feira (05/7), o balanço das apreensões de drones realizadas de fevereiro a julho de 2021. Durante este período, um total de 17 drones foram interceptados pelas equipes da instituição. Somente nos cinco primeiros dias do mês de julho, foi evitada a entrada de três aeronaves não tripuladas para o interior dos presídios. Os drones transportavam materiais ilícitos destinados ao interior unidades prisionais goianas.

O conjunto de aeronaves não tripuladas apreendidas corresponde, aproximadamente, ao valor de R$ 200 mil. A frequência na utilização dos drones para práticas criminosas foi um fator responsável por intensificar os trabalhos vigilância e segurança por parte dos servidores do Complexo Prisional, de forma que o monitoramento seja ampliado e a entrada de objetos ilícitos seja evitada.

Os dados foram organizados pela Gerência de Inteligência e Observatório (GIO), em cumprimento à determinação da Direção-Geral de Administração Penitenciária do Estado de Goiás. Até agora, o mês de julho é o terceiro de 2021 com mais apreensões de drones. O mês de abril continua em primeiro lugar com seis interceptações, e, em seguida, junho com quatro objetos capturados.

Segundo o superintendente de Segurança Penitenciária, Leopoldo de Castro, estas apreensões são resultado do empenho dos servidores da Polícia Penal, que estão focados em evitar a entrada de ilícitos nos estabelecimentos penitenciários. “Não foi necessário investir recursos financeiros para que estas apreensões acontecessem. Elas são fruto do trabalho e capacitação dos nossos policiais. Eles merecem o reconhecimento pelo trabalho que estão realizando”, defende.

Os drones costumam ser utilizados para o arremesso de itens para o lado interno dos estabelecimentos penitenciários. Os materiais ilícitos encontrados com frequência nos veículos aéreos não tripulados incluem porções de drogas e aparelhos eletrônicos (celulares, chips telefônicos, cabos USB, fones de ouvido, carregadores para celular, entre outros), além de armas artesanais, como facas, em alguns casos.

Para o diretor-geral de Administração Penitenciária, tenente-coronel Rasmussen, o uso de drones por parte dos criminosos é uma prática recente que tem o intuito de driblar o sistema de segurança. “Nosso setor de Inteligência e nossos policiais trabalham em integração com as demais forças policiais para evitar esta e qualquer nova modalidade de crime que os criminosos inventem, porque aqui em Goiás não tem espaço pra bandidagem”, declara.

Além do aumento na supervisão, o êxito na barragem dos ilícitos também é garantido pela colaboração entre as tropas especializadas da Polícia Penal — Grupo de Operações Penitenciárias Especiais (Gope) e Grupo de Guarita e Muralha (GGM); da Polícia Civil — Grupo Especial de Repressão a Narcóticos (Genarc); e da Polícia Militar — Grupo de Radiopatrulha Aérea (Graer).

As interceptações mencionadas no relatório ocorreram no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, pertencente à 1ª Coordenação Regional Prisional (CRP) da DGAP. Em todas as situações os materiais foram apreendidos e encaminhados às autoridades policiais competentes para as devidas providências na forma da lei. Nos casos em que foram identificados, os suspeitos por controlarem os drones também foram presos.