Governo de Goiás e OVG formam primeira turma de “Mães Unidas” do país

1- A diretora-geral da OVG, Adryanna Melo Caiado, entrega diploma do “Mães Unidas” a Fabiana Santana Costa, colaboradora da OVG e voluntária do projeto do Governo Federal (Foto: OVG)

Implantado de forma pioneira em Goiânia, Anápolis e Aparecida de Goiânia, o programa nacional “Mães Unidas”, promovido pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), formou sua primeira turma, com 68 mulheres, nesta quarta-feira (7/7). Executado em parceria com o Governo do Estado, por meio da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), e com as prefeituras das três cidades, a iniciativa tem o objetivo de capacitar mães para que possam compartilhar suas experiências e ajudar gestantes e outras mães em situação de vulnerabilidade social. O projeto visa promover também saúde, bem-estar e o fortalecimento de vínculo entre mães e filhos durante a gestação e nos dois primeiros anos de vida da criança.

Ao lado da diretora-geral da OVG, Adryanna Melo Caiado, que representou a presidente de honra da Organização e coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais, primeira-dama Gracinha Caiado, participaram da cerimônia a secretária Nacional de Política para as Mulheres, Cristiane Britto, o prefeito e a primeira-dama de Goiânia, Rogério e Thelma Cruz, e autoridades de Anápolis, Aparecida de Goiânia e da capital.

Acompanhamento

“Esse é um projeto muito bonito e muito importante. Por meio dele, essas “Mães Unidas” podem dar apoio e acompanhamento a mulheres grávidas em situação de vulnerabilidade social e repassar para elas toda a experiência que só o dia a dia da maternidade pode trazer. Quando o conselho e o ensinamento são de mãe para mãe, sabemos que essa comunicação se torna muito mais eficaz e produtiva. Para nós, é um grande orgulho ver Goiás na dianteira deste projeto nacional”, destaca a presidente de honra da OVG e coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais (GPS), primeira-dama Gracinha Caiado.

Escolhido como primeiro Estado brasileiro para desenvolver a iniciativa, Goiás já é referência no atendimento a jovens durante o período da maternidade. Por meio da OVG, o Governo do Estado mantém o Programa Meninas de Luz, que oferece amparo a gestantes vulneráveis de todas as regiões de Goiás. De acordo com a diretora-geral da Organização, Adryanna Melo Caiado, o Programa realiza atendimentos multidisciplinares inteiramente gratuitos.

“Nós acolhemos essas jovens e disponibilizamos a elas um apoio desde o pré-natal até o bebê completar um ano de vida. Ao longo desse período, elas têm acesso a diversos tratamentos, com acompanhamento na saúde, informações nutricionais, orientações sobre educação sexual, planejamento familiar e atendimento odontológico. Além disso, a OVG também doa kits de enxoval para essas mãezinhas, possibilitando mais conforto e dignidade ao bebê após o nascimento, e alimentos para auxiliar na parte nutricional de toda a família. Esse atendimento garante cidadania e respeito às grávidas e mães, proporcionando conhecimentos às jovens e melhorando a realidade em que estão inseridas”, comenta Adryanna.

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A diretora-geral da OVG, Adryanna Melo Caiado, durante formatura do “Mães Unidas”, em Goiânia

Mães Unidas

Lançado pela ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), Damares Alves, em março de 2020, o programa tem um olhar especial para mulheres em situação de vulnerabilidade e se preocupa com questões como a depressão pós-parto, além de ser um instrumento poderoso no combate à violência contra bebês no Brasil.

Com o Mães Unidas, a ideia é que mulheres voluntárias sejam multiplicadoras de suas experiências no universo materno, amparem gestantes e mães de crianças de até 2 anos, em situação de vulnerabilidade social e desenvolvam ações para mudar a realidade que estão inseridas. O objetivo é fortalecer vínculos familiares, promover a integração social na primeira gestação, o bem-estar relacional entre mãe e filho e orientação no acesso aos serviços básicos de Saúde, Assistência Social e Justiça.

Durante o evento de formatura das primeiras mulheres integrantes da ação, realizado em Goiânia, a Secretária Nacional de Política para as Mulheres, Cristiane Britto, representando a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, destacou a importância desta primeira turma formada em Goiás. “O que estamos vivendo aqui hoje é um marco! Essa é uma iniciativa que foi implantada primeiro aqui e, como um projeto-piloto abraçado pelo Governo de Goiás e pelas três prefeituras envolvidas, poderá ser aplicado e desenvolvido também em outros municípios brasileiros”, pontuou Cristiane Britto.

Ao falar sobre o projeto, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, fez questão de destacar a importância da parceria entre União, Estado e Municípios para que esta formatura da primeira turma fosse realizada na capital. “Tudo isso só é possível graças às parcerias firmadas entre os poderes. O desejo que nós temos hoje é de seguirmos juntos, de mãos dadas, como estamos aqui hoje, fazendo sempre o melhor pela nossa população, especialmente àqueles que mais precisam”.

Ao lado do prefeito, a primeira-dama da capital, Thelma Cruz, lembrou que a disposição dessas 68 formandas em se doarem voluntariamente ao compartilhar seus conhecimentos com outras mães é algo admirável. “Sabemos que ser mãe é um aprendizado diário, todas nós meio que aprendemos na prática. Mas, ter alguém ali conosco, nos aconselhando, faz toda a diferença. Esse é o papel de cada uma das Mães Unidas, um papel sublime e que fará a diferença na vida de tantas famílias”, destacou Thelma Cruz.

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A Secretária Nacional de Política para as Mulheres, Cristiane Britto, destaca a importância desta primeira turma formada em Goiás

Qualificação

Para iniciar esse trabalho social, essas Mães Unidas precisaram se qualificar. Essa capacitação foi ministrada pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) e não teve nenhum custo para as mulheres inscritas. O conteúdo base do curso contemplou e preparou essas mães para o voluntariado, abordando a formação e o fortalecimento de vínculos familiares, noções de direitos humanos, cidadania e saúde e bem-estar materno e do bebê, além da assistência jurídica e social. Também foram realizadas rodas de conversa com mães, especialistas e voluntárias, além de atendimento individual.

Referência em Assistência Social e no desenvolvimento de ações que promovem e incentivam o voluntariado, a Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) serviu como um dos pontos-focais para mobilizar voluntárias para participar do projeto. Por meio da Gerência de Promoção do Voluntariado, 49 mulheres foram indicadas para a ação, 15 delas aceitaram o desafio e se formaram nesta quarta-feira.

Dessas 15 “Mães Unidas” indicadas pela OVG, cinco são colaboradoras da entidade. Uma delas é Fabiana Santana Costa, que é mãe solo e viu nas próprias dificuldades a necessidade de ajudar. “Quando pensamos em mães de primeira viagem, especialmente mães solo, como eu, conseguimos imaginar que tudo é mais difícil. Mas, quando passamos por isso, vemos o quão necessário é ter alguém com quem contar, alguém a quem pedir ajuda quando não sabemos para onde ir. Apenas a mulher que passou pela maternidade sabe o que é precisar de auxílios específicos. Digo com orgulho: estou pronta para oferecer essa ajuda”, conta Fabiana. Além de Fabiana, as colaboradoras Lídia Alves de Souza, Micheli Aparecida de Oliveira Stimer, Leidyanna Gomes de Aguiar Tomé e Natalice de Jesus Moreira também se formaram nesta primeira turma e levarão seus conhecimentos a outras mães, contribuindo com a construção de um mundo mais justo e solidário.