Crianças com hemofilia recebem kits da Abraphem no Hemocentro

Yan, de 7 anos, com os pais e a irmã, foi o primeiro a jogar, auxiliado por psicóloga do Hemocentro (Foto: Thalita Braga)

O Hemocentro Coordenador Estadual Prof. Nion Albernaz reuniu pacientes hemofílicos de 6 a 9 anos no sábado (10/07), para fazer a entrega de kits doados pela Associação Brasileira de Pessoas com Hemofilia (Abraphem). Além de uma bolsa térmica para transporte de medicamentos e uma carteira de identificação do paciente, as crianças ganharam um jogo de tabuleiro, criado pela a Abraphem, o Dominando a Hemofilia. 

Muito empolgados, meninos e meninas foram convidados, juntamente com seus familiares, para uma partida emocionante. Yan Alves, 7 anos, foi o primeiro a jogar. Acompanhado pelos pais, Alan Peixoto e Valdirene Peixoto, ele foi logo se soltando e em alguns minutos completou a rodada, auxiliado pela psicóloga do Hemocentro, Livia Brito. 

A mãe disse que o jogo vai ajudar muito no aprendizado do filho sobre a doença. “Ele é muito tímido, mas acredito que, brincando, ele vai aprender muito mais, e a gente, também.” Valdirene conta que o filho já faz o acompanhamento médico no Hemocentro há três anos e que, no começo, foi bem difícil porque ela ainda não sabia nem aplicar fator, mas que o apoio dos profissionais da unidade do Governo de Goiás foi fundamental.

Curioso e fã de jogos de tabuleiro, Thiago Rodrigues também desafiou a psicóloga em uma partida. Ele conta que durante a brincadeira aprendeu que precisa colocar compressas de gelo antes e depois de tomar vacinas. “É um jogo muito legal, agora vou jogar com minha mãe e minha irmãzinha em casa”. 

Thiago ainda pediu para conhecer o novo Hemocentro e, acompanhado pelas diretoras geral e técnica da unidade, Denyse Goulart e Ana Cristina Novais, respectivamente, fez um tour completo pelo prédio. Ao final, depois de fazer inúmeras perguntas sobre o funcionamento do Hemocentro, afirmou: “Eu já confiava no trabalho de vocês, mas agora que conheci tudo, estou confiando ainda mais.”

Para a psicóloga Livia Brito, brincar com a criança é muito importante porque é dessa forma que ela consegue expressar e entender o mundo. “Para a criança, ter um jogo explicativo e ao mesmo tempo lúdico para entender a complexidade da hemofilia é muito válido, porque para elas será mais fácil compreender todas as informações sobre o que é a doença, da importância da adesão ao tratamento e também saber quais são os cuidados que elas precisam ter em situações de urgência e emergência”, pontua.

Segundo a presidente da Abraphem, Mariana Freire, a parceria com o Hemocentro de Goiás é muito importante e permite alcançar todos os pacientes de maneira abrangente e particularizada. “A criação e envio deste material foi a forma que encontramos de mostrar aos pacientes que a qualidade do tratamento deles é importante para Abraphem. Esperamos que eles gostem e os utilizem como meio de favorecer a adesão ao tratamento”, destaca.