HGG realiza captação de múltiplos órgãos

Procedimento de captação é realizado no HGG, que também fará os transplantes de fígado e dos rins (texto e foto Carolina Pessoni )/Idtech

O Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG) realiza na tarde desta sexta-feira, dia 12, captação de múltiplos órgãos de um doador de 30 anos com morte cerebral confirmada. A previsão é de que o doador, que foi transferido para o HGG no fim da manhã, faça a doação de coração, fígado, rins e córneas.
 
Caso esteja viável, o coração será captado por uma equipe do Distrito Federal, também responsável pelo transplante do órgão. A previsão é de que o grupo chegue a Goiânia em um avião da Força Aérea Brasileira, às 15 horas. Já o fígado e os rins serão transplantados na própria unidade de saúde do Governo de Goiás. As córneas também serão encaminhadas a pacientes de Goiás.
 
Conforme explica a gerente de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), Katiúscia Freitas, destaca a importância desse momento, considerado raro. “Com a pandemia, já é mais difícil ter a doação de órgãos. Hoje conseguimos a transferência de um hospital pro outro para fazer essa captação de múltiplos órgãos, o que é ainda mais raro. Outro ponto positivo é realizar o transplante e a captação na mesma unidade, o que é um grande benefício para o receptor, já que é bem menos tempo no transporte do órgão”, explica.
 
O chefe da equipe de transplante de fígado do HGG, Claudemiro Quireze Júnior, destaca que o HGG tem se diferenciado como centro transplantador, não apenas pelo número, mas também pela complexidade dos procedimentos. E também ressaltou ainda a vantagem de ter a captação e a recepção do órgão na mesma unidade. 

“O grande benefício de ter as duas cirurgias acontecendo de forma simultânea é que isso ajuda a reduzir o tempo de isquemia – tempo que o órgão consegue manter as atividades fora do corpo – e isso aumenta as chances de sucesso no sentido de um bom funcionamento do órgão depois do implante no receptor.”
 
A realização de transplantes de órgãos é possível, pois não é considerada uma cirurgia eletiva. Com a pandemia, todos os doadores e receptores passaram a ser testados para a Covid-19, e medidas de segurança foram ampliadas nas unidades de saúde.