Presidente da Agehab ressalta novo modelo de construção de moradias

Segundo Lucas Fernandes a atual gestão já entregou mais de 4,6 mil novas moradias. (Foto: Agehab)

O presidente da Agência Goiana de Habitação (Agehab), Lucas Fernandes, concedeu, nesta segunda-feira (19/7), pela manhã, entrevista ao programa jornalístico Sagres Sinal Aberto, da Rádio Sagres 730. No bate-papo com os jornalistas Rubens Salomão e Cleber Ferreira, ele destacou os programas habitacionais do Estado, as expectativas do novo modelo de construção de casas, as reformas e o calendário mais próximo de entrega de casas. Entre as ações imediatas, o presidente relembrou, por exemplo, a entrega, em breve, de moradias em Paraúna, com sorteio de beneficiários já nesta sexta-feira (23/07).

Durante a conversa, Lucas Fernandes explicou os caminhos que vêm sendo adotados para reduzir o déficit habitacional em todo o Estado, hoje calculado em torno de 150 mil unidades habitacionais. O número inclui a carência de novas moradias ou a necessidade de reformas e melhorias naquelas já existentes. “A maneira de diminuir esse déficit é reunir forças dos Estados, dos municípios e da própria União”, lembrou, ressaltando a importância do esforço, em particular, de Goiás em viabilizar essas parcerias para garantir a maior quantidade possível de recursos para o trabalho.

O presidente afirmou que, em dois anos e meio de gestão, já foram entregues mais de 4,6 mil novas moradias. “Outras mais de 6 mil estão em construção neste momento e mais 4,5 mil, em processo de contratação. Somando tudo, nossa expectativa é viabilizar e entregar cerca de 15 mil novas moradias até o final desta gestão”, contabilizou. Somando-se, ainda, ações como reformas, o presidente disse que a estimativa é atender ao menos 20 mil famílias até meados de 2022, apenas com construção e reforma, sem contar a regularização fundiária, outra frente de trabalho da Agehab.

Segundo ele, no novo modelo de construção de moradias do Governo de Goiás, colocado em prática em 2021, o valor da construção é totalmente custeado pelo Estado, sendo que o município entra com a doação do terreno regularizado e a infraestrutura básica. “O maior desafio do poder público é tirar o projeto do papel. Não medimos esforços. Nós já temos um primeiro módulo em Paraúna e, agora em agosto, esperamos entregar as 50 primeiras unidades”, explicou ele. O trabalho nesse novo modelo vem sendo realizado desde fevereiro.

Na próxima sexta-feira (23/7) será realizado o sorteio dessas 50 unidades, tudo transmitido ao vivo via internet e auditado pelo Ministério Público e pelos órgãos de controle. Com esse exemplo se encerrando, o presidente espera que outros municípios se sintam incentivados a apresentar também seus terrenos regularizados. Iniciado o trabalho de licitação e liberação de recursos, explicou ele, são cerca de 90 a 150 dias para a execução de obras. A primeira fase com construções em outros municípios já está em processo de licitação para contratação de construtoras. “E esperamos uma nova leva de casas a partir de novembro”, projetou.

Ele observou em sua fala, também, que este é o momento para que os municípios que ainda não têm projetos comecem a preparar suas propostas. Pelo novo modelo, o Estado libera entre R$ 85 e R$ 88 mil em recursos estaduais por unidade construída. Segundo Lucas Fernandes, qualquer um dos 246 municípios goianos pode se preparar para pleitear recursos para a habitação. “O governador fez questão de dizer que é para atender todos os goianos, de forma igual, sem qualquer tipo de apadrinhamento ou matiz político. É uma determinação dele que as casas sejam entregues por sorteio”, destacou.

Reforma e melhoria

Lucas Fernandes lembrou, ainda, que, neste momento, estão abertos, por editais disponíveis no site da Agehab, dois chamamentos públicos na área de reforma e melhoria. O primeiro conclama profissionais e empresas de arquitetura e engenheira a preparar projetos para 4.550 moradias, em 152 municípios, com destinação de R$ 6,1 milhões de recursos. Paralelamente, um segundo edital está aberto para credenciamento de construtoras aptas a executarem esses projetos, com R$ 90 milhões de recursos disponíveis.

Em outras frentes de trabalho, o presidente ressaltou que a Agehab busca retomar programas de construções de moradias viabilizadas no passado, mas que ficaram paradas nos últimos anos. “É um programa de retomada de obras paradas na chamada faixa 1, para construção de moradias com recursos federais tendo contrapartida do Estado, para famílias com renda de até R$ 1,8 mil”, disse ele, salientando, ainda, o esforço em atender famílias da zona rural dentro do braço de habitação rural. Neste momento, informou, são cerca de 250 famílias em atendimento fora dos centros urbanos goianos.