Filarmônica de Goiás participa do maior projeto de gravação da música clássica nacional

Maestro Neil Thomson: “O projeto levará o nome de Goiás e da Filarmônica para o mundo. Ser selecionado pelo governo federal é uma grande homenagem à qualidade de nossos músicos" (Foto: Sedi)

A Orquestra Filarmônica de Goiás (OFG) participa do maior projeto de gravação da história da música clássica brasileira. A OFG foi selecionada, juntamente com as filarmônicas de Minas Gerais e São Paulo, para participar do projeto Brasil em Concerto, do Ministério das Relações Exteriores.

O Projeto Brasil em Concerto gravará aproximadamente 100 obras sinfônicas brasileiras dos séculos 19, 20 e 21 para divulgação no exterior – muitas em primeira gravação mundial. “O projeto levará o nome de Goiás e da Filarmônica para o mundo. Ser selecionado pelo governo federal é uma grande homenagem à qualidade de nossos músicos”, afirma o maestro Neil Thomson, diretor Artístico e regente titular da OFG desde 2014.

Nesta segunda-feira (2), a Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Inovação (Sedi) assinou, remotamente, um termo de cooperação técnica cedendo os direitos de gravação da OFG para o Ministério das Relações Exteriores.

O objetivo do projeto, que vem sendo elaborado pelo Itamaraty desde o início de 2017, é suprir uma lacuna na difusão internacional do repertório brasileiro de música de concerto: a escassez de gravações de qualidade que permitam ao público conhecer as principais obras dos compositores brasileiros.

Serão gravados 10 CDs da Filarmônica de Goiás para o projeto. “Essas gravações são o ponto alto da nossa temporada e estamos absolutamente prontos. Os músicos estão totalmente comprometidos com o projeto”, revela o maestro.

O Brasil em Concerto selecionou 12 compositores brasileiros: Carlos Gomes, Alberto Nepomuceno, Henrique Oswald, Villa-Lobos, Francisco Mignone, Lorenzo Fernandez, Camargo Guarnieri, José Siqueira, Guerra-Peixe, Cláudio Santoro, Edino Krieger e Almeida Prado. A distribuição e comercialização internacional se farão em parceria com o selo Naxos, atualmente o maior selo independente de música clássica do mundo.

O projeto também promoverá, em outra vertente, a edição das partituras dessas mesmas obras, o que permitirá a orquestras do Brasil e do mundo executar essas mesmas obras.

“A nossa orquestra é acima da média, de um nível internacional, fazendo obras de importância muito grande para o cenário da música erudita. Temos uma safra de jovens músicos bastante talentosos”, destaca o secretário de Desenvolvimento e Inovação, Marcio Cesar Pereira.