Falta de profissionais de TI é tema de Workshop
A falta de profissionais qualificados para trabalhar na área de tecnologia foi um dos pontos debatidos durante o 2º Workshop da Abep (Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação), em Brasília (DF), nos dias 12 e 13 de agosto. Pesquisa divulgada pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) mostra que o país forma 46 mil pessoas com perfil tecnológico por ano. No entanto, até 2024 serão necessários aproximadamente 420 mil – déficit de 60 mil vagas anuais.
“Essa estatística mostra que estamos no caminho certo com a Escola do Futuro do Estado de Goiás. Está acontecendo um apagão de pessoal qualificado na área de TI. E o foco da EFG é justamente qualificar profissionais para trabalhar na área tecnológica, especialmente na formação técnica”, afirma o secretário Marcio Cesar Pereira, que participou do seminário como convidado, ao lado do subsecretário Rodrigo Michel de Moraes.
O Workshop teve como tema “A realidade da TI pós-pandemia” e reuniu representantes dos governos Federal e Estaduais, além de grandes empresas de tecnologia do mercado privado, para discutir as mudanças trazidas pela Covid-19 e como a esfera pública deve se adaptar de agora em diante. “O seminário discutiu o futuro da tecnologia no serviço público”, define Marcio Cesar Pereira.
Outro tema em que os representantes goianos abordaram na capital federal foi a migração de mainframe (plataforma integrada de computadores que processa grandes volumes de informações em curtos espaços de tempo) no Estado. “Temos um problema atualmente. Nossos computadores do mainframe são muito antigos e precisamos fazer essa migração. Mas é um trabalho que não custa barato. Tivemos boas conversas com empresas especializadas neste tipo de serviço durante o Workshop”, revela o secretário.
Tasso Lugon, presidente da Abep-Tic e coordenador do evento, diz que o encontro é de grande valia para os governos, uma vez que “é inegável perceber o avanço da transformação digital principalmente na pandemia” e que o tema merece atenção e maior aprofundamento do setor público. “Hoje o mundo está muito mais conectado. O desafio agora é entender a realidade que a Tecnologia da Informação está inserida e criar soluções que impactem a vida do cidadão”, ressalta.