Seduc realiza I Encontro de Alfabetizadores de Adultos
Educadores dos municípios de Alvorada do Norte, Amaralina, Cavalcante, Edeia, Matrinchã, Monte Alegre, Morro Agudo, Nova América e Simolândia participaram, na manhã desta quinta-feira (2/9), do I Encontro de Alfabetizadores de Adultos do Estado de Goiás no âmbito do projeto Alfabetização e Família, que integra o Programa Goiás Social.
Também participaram do encontro a primeira-dama de Goiás, Gracinha Caiado; a secretária de Estado da Educação, Fátima Gavioli; a diretora geral da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), Adryanna Melo Caiado; o diretor da Escola de Formação de Professores e Humanidades da PUC Goiás, Romilson Martins Siqueira; a superintendente de Modalidades e Temáticas Especiais da Seduc, Núbia Rejaine; prefeitos e coordenadores regionais.
Durante a cerimônia de abertura, a primeira-dama de Goiás e uma das idealizadoras do programa Goiás Social, Gracinha Caiado, ressaltou aos educadores a importância do projeto como mecanismo de inclusão social e destacou que a dedicação deles ao projeto Alfabetização e Família irá “salvar vidas”. “O início de todas as mudanças está na Educação”, afirmou Gracinha Caiado.
De acordo com ela, a ideia do projeto é justamente fazer com que famílias em situação de vulnerabilidade social e que não tenham tido a oportunidade de concluir os estudos na idade adequada possam ter suas vidas transformadas por meio da alfabetização. “A alfabetização dá liberdade e autonomia para as pessoas. Sempre digo que o governo não pode tudo, mas pode muito. E o governador Ronaldo Caiado faz cada vez mais pela Educação de Goiás”, afirmou.
Formação para adultos
Fátima Gavioli, titular da Educação de Goiás, também falou sobre as transformações sociais que a alfabetização de jovens, adultos e idosos é capaz de gerar em famílias em situação de vulnerabilidade.
Relembrando o tempo em que atuava como educadora em Rondônia, a secretária afirmou que educar jovens e adultos corresponde à chance de “educar pessoas cuja oportunidade não passou na hora certa para elas”. Segundo Gavioli, há, no entanto, que se ter o cuidado de pensar uma Educação para o adulto, que faça sentido na vida dele, conforme os princípios da Andragogia.
No mesmo tom, a superintendente de Modalidades e Temáticas Especiais da Seduc, Núbia Rejaine, apresentou o método Paulo Freire de alfabetização aos educadores e reforçou que é preciso “fazer um trabalho extremamente voltado para os adultos”.
Segundo Núbia Rejaine, a ideia do projeto Alfabetização e Família é alfabetizar os estudantes enxergando a alfabetização como algo que vai além da simples decodificação dos códigos linguísticos. “É ensinar dentro de um contexto. Se o aluno traz a palavra milho, mandioca, arroz, feijão, couve, eu vou pegar essas palavras e colocar dentro de um contexto da vida real, do contexto social”, afirmou a superintendente.
Alfabetização e Família
Lançado em 2019, o Projeto Alfabetização e Família é desenvolvido pela Secretaria de Estado da Educação e Gabinete de Políticas Sociais e visa alfabetizar jovens, adultos e idosos em situação de vulnerabilidade social que não tiveram chance de aprender a ler, escrever e a fazer cálculos básicos.
Iniciado em Americano do Brasil, o projeto irá atender estudantes em dez municípios goianos. A meta é alfabetizar pessoas para que elas tenham condições de ingressar em turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e, dessa forma, concluir a Educação Básica.
“É um projeto que vai muito além do pedagógico, vai além dos muros da escola”, reforça a superintendente Núbia Rejaine, que acompanhou de perto a implantação do projeto nas oito turmas do município de Americano do Brasil.
Dentro do projeto, a formação dos jovens, adultos e idosos contemplados pelo programa é feita em pequenos agrupamentos, com professores voluntários ou da rede pública estadual. Ao todo, 66 educadores formados nesta quinta-feira atuarão nos dez municípios goianos que integram o projeto.
Para a professora Arleiane de França Sabath, que atuará nas turmas do município de Simolândia, a oportunidade terá um gosto especial de desafio. “É uma área nova para mim, que só atuei na Educação Infantil. Mas, eu acho muito bom resgatar esses jovens que não tiveram uma boa alfabetização e socializar essa experiência com a família. Estou animada com essa ideia!”, concluiu a professora.