Principais produtos goianos têm alta nas exportações

Para Caiado, os números refletem a retomada econômica goiana após os piores momentos da pandemia de Covid-19. “A economia se recupera rapidamente onde há respeito pela vida”, destaca

Sete dos dez principais produtos goianos exportados aumentaram as vendas no acumulado dos três primeiros trimestres do ano, na comparação com o mesmo período de 2020, revelam dados divulgados pelo Ministério da Economia. As exportações garantiram para o Estado o montante de US$ 7,35 bilhões frente a US$ 3,69 bilhões em importações, o que assegura um saldo na balança comercial de Goiás de US$ 3,66 bilhões nos nove primeiros meses de 2021.

Para o governador Ronaldo Caiado, os números refletem a retomada econômica goiana após os piores momentos da pandemia de Covid-19. “A economia se recupera rapidamente onde há respeito pela vida. Está aí a resposta hoje”, diz ao citar crescimento de indústria, agropecuária, comércio e serviços.

Dos sete produtos que apresentaram alta nas vendas nos três primeiros trimestres, as carnes aumentaram as exportações em 2,25%, também em relação ao ano passado, saindo de 16,97% (2020) para 19,22% este ano.

Também apresentaram mais vendas o complexo da soja, que corresponde a 49,97% do total exportado, com aumento de 1,62%; o ouro, com 0,89% e cooperação de 4,30% para a balança; couro e derivados com alta de 0,45% e 1,88% do total comercializado internacionalmente; amianto com 0,36% e 0,62%; máquinas, equipamentos e aparelhos elétricos e mecânicos, 0,34% e 1,10%; e sulfeto de cobre com 0,3% e 4,72%.

Segundo o titular da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), José Vitti, Goiás se fortalece a cada mês na sua pauta do comércio exterior, com vendas importantes em todos os segmentos e importação de produtos que aceleram a produção industrial.

Os outros três principais produtos exportados por Goiás, ferroligas, açúcar e complexo do milho, também apresentaram importantes percentuais para a balança goiana no ano, mas não ultrapassaram as vendas internacionais em relação ao mesmo período do ano passado.

As ferroligas representam 7,99% do exportado pelo Estado em 2021; açúcar ficou com 3,54% do vendido; e o complexo do milho apresentou cooperação para a balança em 2021 com 2,30%.

Com isso, as vendas internacionais tiveram um salto de 14,27% no acumulado de janeiro a setembro, sendo os principais municípios exportadores Rio Verde, Jataí e Mozarlândia, e os compradores de produtos goianos mais recorrentes China, Espanha e Tailândia.

Por outro lado, as importações nos três primeiros trimestres também apresentaram alta de quatro dos 10 principais produtos comprados pelo Estado. Adubos deram um salto de cooperação de 1,67%; combustíveis minerais, óleos minerais e produtos da sua destilação aumentaram 15,46%; máquinas, aparelhos e materiais elétricos, 0,06%; e plásticos e suas obras 0,13%.

Já os produtos farmacêuticos apresentaram desaceleração nas compras de 12,8%, mas ainda ocupam primeiro lugar no total importado pelo Estado com 23,81% do montante; os veículos automóveis e demais da categoria também tiveram queda de 0,12%; seguido dos reatores nucleares, caldeiras, máquinas (-0,27%); produtos químicos orgânicos (-3,33%); instrumentos e aparelhos de óptica e demais (-0,29%); e produtos diversos da indústria química (-0,01).

Mesmo assim, as importações continuam em crescimento. Comparado com o mesmo período de janeiro a setembro do ano passado, as compras internacionais cresceram 53,93%, sendo os principais compradores goianos Anápolis, Catalão e Cachoeira Dourada, de produtos sobretudo provenientes da China, Argentina e Estados Unidos.

Setembro

Os dados dos três primeiros trimestres foram divulgados junto com as informações de setembro. No mês, Goiás teve saldo superavitário de US$ 291,59 milhões, resultado de US$ 746,97 em exportações contra US$ 455,37 milhões em importações.

Comparado com setembro do ano passado, as vendas internacionais tiveram um salto de 14,73%, enquanto as compras do mesmo porte cresceram 80,46%.