Saúde divulga situação das arboviroses no Brasil e em Goiás
A Secretaria da Saúde de Goiás divulga dados sobre a situação das arboviroses no Brasil e no Estado. Arboviroses são as doenças causadas pelos arbovírus, que incluem os vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela. A classificação “arbovírus” engloba todos aqueles transmitidos por insetos e aracnídeos (como aranhas e carrapatos).
Saúde alerta para o risco de rápida disseminação das doenças e orienta aos Gestores Municipais de Saúde a desenvolverem as ações de vigilância e controle. Em relação à dengue, Goiás registrou 60.333 casos notificados, uma queda de 26% em relação ao mesmo período do ano passado com confirmação de 18 óbitos.
O Estado registrou 721 casos notificados de febre chikungunya, um aumento de 166% em relação ao ano passado. Até 11 de setembro último, foram notificados 928.282 casos prováveis de dengue (taxa de incidência de 441,7 casos por 100 mil habitantes) no país. Os estados do Acre, Bahia, São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal apresentam índices acima da incidência do Brasil.
Dengue
Até 11/09/2021, foram notificados 928.282 casos prováveis (taxa de incidência de 441,7 casos por 100 mil habitantes) de dengue no país. Nesse período, a região Centro-Oeste apresentou a maior incidência com 1.164,6 casos/100 mil habitantes, seguida das regiões Sul (928,3 casos/100 mil habitantes), Sudeste (339,4 casos/100 mil habitantes), Nordeste (246,2 casos/100 mil habitantes) e Norte (106,9 casos/100 mil habitantes). Neste cenário, destacam-se os estados do Acre, Bahia, São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal com incidências acima da incidência do Brasil.
Chikungunya
Sobre os dados de chikungunya, foram notificados 69.702 casos prováveis (taxa de incidência de 33,2 casos por 100 mil habitantes) no país. As regiões Nordeste e Sudeste apresentam as maiores taxas de incidência, 84,3 casos/100 mil habitantes e 22,2 casos/100 mil habitantes, respectivamente. O estado da Bahia concentra 50,2% dos casos prováveis de chikungunya do país e o Espírito Santo concentra 19% dos casos.
Zika
Com relação aos dados de zika, foram notificados 6.220 casos prováveis (taxa de incidência 3,0 casos por 100 mil habitantes) no país. A região Nordeste apresentou a maior taxa de incidência (7,8 casos/100 mil habitantes), seguida das regiões Centro-Oeste (3,4 casos/100 mil habitantes) e Norte (2,0 casos/100 mil habitantes O estado da Bahia concentra 49,0% dos casos de zika do país.
Goiás
O Estado registrou 721 casos notificados de febre chikungunya, um aumento de 166% em relação ao ano passado. Há a confirmação de 306 casos para infecção por CHIKV em 24 municípios goianos com a presença autóctone do vírus. Em relação à dengue, Goiás registrou 60.333 casos notificados, uma queda de 26% em relação ao mesmo período do ano passado com confirmação de 18 óbitos.
Modos de Transmissão Chikungunya
A Chikungunya é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Por ter uma transmissão bastante rápida, é necessário ficar atento a possíveis criadouros do mosquito e, assim, eliminar estes locais para evitar a propagação da doença.
A Febre Chikungunya pode causar sequelas como dores crônicas nas juntas por longo período de tempo.
A transmissão da mulher grávida para o feto só acontece quando a mãe fica doente nos últimos sete dias (última semana) de gravidez.
Neste caso, a criança mesmo que nasça saudável, deve permanecer internada por uma semana para observação e tratamento imediato se desenvolver a doença que, nestes casos, apresenta quadros graves com manifestações neurológicas e na pele. Também existe transmissão por transfusão sanguínea.
Sintomas:
Após a picada do mosquito, o vírus entra na pele e na corrente sanguínea. Após a replicação inicial nos fibroblastos dérmicos, se espalha pela corrente sanguínea, atingindo o fígado, músculos, articulações, baço, nódulos linfáticos e cérebro. A doença é caracterizada por febre alta (>39oC), frequentemente acompanhada de dor nas articulações e mialgia, além de erupção cutânea, que pode variar de leve e localizada a uma erupção cutânea extensa envolvendo mais de 90% da pele.
A dor nas articulações costuma ser muito debilitante e geralmente dura alguns dias, mas pode se prolongar por semanas, meses ou até anos. Outros sinais e sintomas comuns incluem inchaço nas articulações, dor de cabeça, náuseas e fadiga. Ao apresentar estes sintomas, a pessoa deve procurar uma Unidade de Saúde para diagnóstico e tratamento.
Alerta
Diante deste cenário, esta Secretaria alerta para o risco de rápida disseminação da doença e orienta aos Gestores Municipais de Saúde a desenvolverem as ações de vigilância e controle vetorial, conforme seguem:
I – Para os órgãos de saúde pública:
1. Controle químico: nos locais de permanência dos casos suspeitos e confirmados em seu período de viremia, intensificar as ações de controle químico realizado pelos Agentes de Saúde, por meio de nebulização de inseticidas por bombas costais e/ou por bombas veiculares (fumacês) e aplicação de larvicidas.
OBS.: O novo inseticida, Cielo, deve ser nebulizado por bomba costal fora do domicílio, observando a distância recomendada pelo fabricante para a aspersão do produto.
2. Fiscalização sanitária de pontos estratégicos: borracharias; lavajatos; ferros-velhos; cemitérios; depósitos e empresas de recicláveis; depósitos de lixo;
3. Manejo ambiental: intensificar as ações de limpeza urbana regular, por meio da coleta de lixo, e os cuidados com a limpeza de praças, logradouros e prédios públicos;
4. Ações de controle mecânico: destruição e limpeza permanente de recipientes para impedir o acúmulo de água e criadouros do mosquito;
5. Comunicação do risco por meio de canais de comunicação existentes no Município.
II – Ações para a população em geral:
1. Acondicionamento adequado do lixo doméstico;
2. Limpeza do imóvel: quintal, calhas, piscinas;
3. Manter cobertos os reservatórios de água: caixas d’água; cisternas, fossas, outros reservatórios;
4. Ações de controle mecânico: destruição e limpeza permanente de recipientes para impedir o acúmulo de água e criadouros do mosquito;
Para denúncia e informações:
Coordenação de Dengue SES-GO
Telefone: (62) 3201-7879
Endereço Eletrônico: denguegoias@gmail.com
Coordenação de Vigilância e Controle Ambiental de Vetores SES-GO
Telefone: (62) 3541-3851
Endereço Eletrônico: svetores@gmail.com e vetores.saude@goias.gov.br
Suvisa: 150 ou 62 3201-3523
Visa Goiânia: 156 ou 62 3524-1637