Consup realiza primeira reunião ordinária de 2021 e planeja novos investimentos

A Fapeg busca oferecer uma linha de fomento em forma de subvenção entre o Programa Centelha e o Tecnova, os recursos são de até R$ 200 mil, até chegar ao limite de subvenção de R$ 1 mi, para projetos com avaliações mais criteriosas (Foto: Secom)

O Conselho Superior (Consup) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) realizou nesta quarta-feira, 17, pela plataforma Zoom, sua primeira reunião ordinária de 2021. Na pauta, prestação de contas do exercício 2020, planejamento das ações de 2021 e definição das datas dos próximos encontros do Consup: 30 de junho, 30 de setembro e 15 de dezembro.

O presidente da Fapeg, Robson Vieira, fez um balanço financeiro e orçamentário da Fapeg relatando a composição dos valores pagos em 2020 com pessoal, atividades finalísticas e para gestão e manutenção, destacando o que foi gasto com pagamento de bolsas, custeio e investimentos. Ele fez um comparativo com os anos anteriores “com o intuito de mostrar a evolução financeira e orçamentária que a Fapeg está tendo, assim, como o controle dos restos a pagar”.

“O importante é que nós estamos em uma escala de crescimento na Fundação. Em 2019, quando a gente assumiu, conseguimos realizar 12 ações, hoje estamos caminhando para 17 e acredito que até o final do ano teremos 22 a 23 ações realizadas”, disse Robson Vieira. O orçamento para a Fapeg aprovado pela Assembleia Legislativa para 2021 é de aproximadamente R$ 16 milhões.

“Com a organização e ajustes do orçamento que fizemos ao longo desses dois últimos anos, vamos conseguir implementar uma estratégia de fomento com novas ações, e que a gente espera, sejam regulares nos próximos anos, com pagamentos efetuados dentro do ano em exercício”, comemorou o presidente.

Trilhas de Inovação e Científica
Novos caminhos para fomentar a ciência e inovação foram traçados pela Fapeg para ampliar e fortalecer ainda mais o ecossistema goiano em 2021. São caminhos que buscam a excelência, a consistência de fomentos regulares, a criatividade na construção de editais, a qualidade de projetos, o monitoramento e indicadores, explicou o presidente da Fapeg. Na vertente Inovação/subvenção, a Fapeg propõe incentivos a vários tipos de perfis. Incentivo ao aluno da graduação com foco em bolsas de iniciação científica, e junto às Pró-Reitorias de Pós-Graduação de instituições de ensino superior, implementar as bolsas de Mestrado e Doutorado acadêmico em Inovação (MAI/DAI), cuja iniciativa e edital foram lançados pelo CNPq.

Busca ainda oferecer uma linha de fomento em forma de subvenção própria da Fapeg entre o Programa Centelha e o Tecnova – o Fapeg ID, oferecendo recursos de até R$ 200 mil, com critérios de maturidade até se chegar ao limite de subvenção de R$ 1 milhão, para projetos com mais dificuldades e avaliações mais criteriosas. Propõe ainda implantar o PIPE – Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas, programa original da FAPESP, para aumentar a competitividade das pequenas empresas com fomento da Fapeg. Vieira explica que o programa seria desenvolvido em três fases: estudo da viabilidade tecnológica para a solução do problema da empresa; parceria pesquisador/empresa para prototipagem com compartilhamento de recursos; e produtização das soluções, onde o custo seria 100% da empresa.

“Vamos continuar com os nossos parceiros já consolidados, mas queremos oferecer os nossos próprios programas para os atores do ecossistema em Goiás”, explicou Vieira. “Queremos todos os elementos em uma relação mútua com a trilha de subvenção. As Incubadoras recebendo as startups, os NITs fazendo as transferências de tecnologias, os centros de excelência gerando startups ou dando suporte. Queremos fomentar, e buscar ações de coordenação e gestão dos recursos para que o ecossistema seja constantemente bem alimentado”, destacou.

Já na vertente Trilha Científica, a Fapeg busca lançar editais próprios e criativos, com objetivo de formar novos grupos de pesquisas, incentivar os recém-doutores das instituições de ensino superior e o trabalho em rede. O resultado dessas ações estimulará a circulação dos recursos em mais grupos de pesquisas, o desenvolvimento de novos PQs e o fortalecimento dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), além da estruturação de novos.

Novas chamadas
O diretor Científico e de Inovação, Marcos Arriel, apresentou de forma macro, os editais que estão sendo construídos pela Fapeg e que devem ser lançados ainda no primeiro semestre deste ano. Entre eles: Chamada Pública INCT para bolsas de pós-graduação a serem desenvolvidas nos dois INCTs de Goiás; Chamada Auxílio à Pesquisa Científica (APECI) para selecionar e fomentar projetos de pesquisa a serem desenvolvidos sob a responsabilidade de um pesquisador responsável que possua vínculo empregatício com a instituição de pesquisa no estado de Goiás; de fortalecimento das unidades Embrapii em Goiás com o objetivo de apoiar o fortalecimento das competências das unidades Embrapii do Estado de Goiás para o aprofundamento de suas capacidades tecnológicas com potencial de aplicação no setor industrial, nas temáticas de Mobilidade de energia e Veículos elétricos/autônomos.

E ainda, apoio a iniciativas e soluções para a preservação da natureza em parceria com a Fundação Grupo Boticário para o fortalecimento sustentável da cadeia da sociobiodiversidade; lançamento do Centelha 2 – Programa Nacional de Apoio à Geração de Empreendimentos Inovadores/Finep-Fapeg previsto para julho com seleção de 50 projetos inovadores e lançamento de uma ação transversal do Centelha 2.

Marcos Arriel fez também a apresentação do resultado edital do Peld – Programas de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (CNPq, Confap, MCTI e Fapeg); e o resultado da primeira etapa do edital de fluxo contínuo do Programa de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Regional – PDCTR, Fapeg-CNPq.

Estratégia de Comunicação
O chefe de Gabinete da Fapeg, Diogo Mochcovitch, destacou a estratégia de comunicação e as ações que começam a ser materializadas para as comemorações dos 15 anos da Fapeg durante o ano de 2021. “Queremos aproveitar esse momento de mudança da sede da Fapeg para a antiga Chefatura de Polícia, na Praça Cívica, para escalar algumas ações. A Fapeg vai dividir o espaço com um Centro de Inovação do Estado, e isso é muito interessante para a própria imagem da inovação da Fapeg”, comentou.

Entre as propostas planejadas ele citou a Mostra Permanente de Fotografias sobre a Ciência Goiana colocando a imagem da Fapeg como um grande centro de fomento; o Mural dos Presidentes da Fapeg; uma série audiovisual (documentário) e fonográfico (podcasts com alguns pesquisadores da comunidade científica sempre remontando e rememorando a história dos 15 anos da Fapeg como uma forma de prestação de contas para a sociedade, para a comunidade científica e também a Assessoria de Comunicação escalar e potencializar na divulgação.

E ainda, produção de um livro sobre a história da ciência goiana e o papel da Fapeg nessa construção durante os 15 anos; criar o Prêmio Fapeg de Pesquisa e Inovação. Mochcovitch explicou toda a estratégia de comunicação da Fapeg, desde o jornalismo científico, as campanhas nas redes sociais, as editorias fixas com temas específicos e planejamentos mensais e o fluxo de comunicação.