Hugo oferece treinamento de manobras de salvamento aos profissionais
A equipe de profissionais de saúde do Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) começou a receber na terça-feira (26), um treinamento de suporte básico de vida. Enfermeiros e enfermeiras da unidade do Governo de Goiás participaram, em dois horários diferentes, do curso teórico e prático de manobras, equipamentos e medicamentos utilizados na reanimação e salvamento de pacientes de acordo com as normas estabelecidas para ressuscitação cardiopulmonar (RCP) da American Heart Association (Associação Americana do Coração).
O curso, ministrado pela supervisora de enfermagem do Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), Tatiane Florentino, passou por diversas etapas. As orientações e ensinamentos vão desde a capacitação o para uso mais eficiente de equipamentos eletrônicos da rotina hospitalar de urgência e emergência na hora de reanimar um paciente a detalhes de aprimoramento das manobras de compressão do tórax da pessoa que está em processo de parada respiratória, os ritmos e descargas elétricas usadas e quando e como utilizar um desfibrilador externo automático (DEA).
“Temos um projeto no INTS de treinar toda a equipe multiprofissional nas unidades de saúde. No Hugo, nós priorizamos a equipe de enfermagem para o treinamento do suporte básico de vida. O suporte básico de vida hoje tem diretrizes internacionais que definem quais são as melhores práticas. Nas equipes das enfermarias, que é onde temos a enfermagem mais próxima do paciente, são os profissionais que conduzem a maior parte do cuidado, precisamos que as equipes estejam alinhadas e atualizadas”, explica a supervisora.
No momento de reanimar um paciente, cada detalhe é importante. Inclusive a comunicação. “O momento de reanimação é um momento sempre muito delicado. Não pode ser feito em um ambiente desrespeitoso. (…) A comunicação entre a equipe é essencial neste momento”, disse Tatiane às enfermeiras que participavam do treinamento na parte da tarde.
“A atualização de conhecimentos tem como base a diretriz mais recente, de 2020, da American Heart Association, com foco na “qualidade da assistência” e também para “aumentar a chance de sobrevivência das pessoas que porventura venham a ter uma parada cardiorrespiratória na unidade”, acrescentou a supervisora.
Compressões
“Quando trabalhamos as compressões, nós tentamos trabalhar, tanto na teoria quanto na prática, quais são os elementos que compõem uma compressão de qualidade. Hoje temos a profundidade da compressão, que é importante, a frequência, o ritmo, o retorno total do tórax e o posicionamento das mãos.” Ainda de acordo com Tatiane, os cinco elementos são trabalhados no treinamento nos ensinamentos teóricos e nos exercícios práticos. “Ao final, integramos tudo isso em uma simulação”, descreve.
A superintendente de enfermagem afirma que a capacitação e a orientação dos profissionais de saúde para o uso das mais recentes diretrizes internacionais de reanimação possibilitam na rotina hospitalar que a pessoa que sofre uma parada cardiorrespiratória tenha chances maiores de sobrevivência. “Isso impacta diretamente na qualidade do cuidado e na segurança do paciente quando temos equipes alinhadas e atualizadas”, pontua Tatiane.