Fapeg com inscrições abertas para projetos de conservação no Nordeste Goiano
Estão abertas até 12 de novembro as inscrições para a Chamada Pública 04/2021 para a Conservação da Natureza no Nordeste Goiano, numa parceria da Fundação Grupo Boticário e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg). O objetivo é apoiar propostas de soluções para o desenvolvimento socioeconômico do Cerrado, com base na proteção da biodiversidade. O processo traz como desafios tornar a prevenção e o combate aos incêndios mais eficientes, reduzindo impactos à fauna, e ainda agregar valor às cadeias dos produtos nativos da região. As melhores propostas concorrerão a apoios financeiros que, somados, podem chegar a R$ 1 milhão.
Os interessados devem submeter suas propostas para a Fundação Grupo Boticário ou Fapeg, sendo vedada a submissão da mesma solução para ambas as instituições. A participação é gratuita e a inscrição deve ser feita em formulários específicos, disponíveis no link. Ao final do processo, que seguirá até os primeiros meses de 2022, as melhores soluções poderão receber apoios financeiros para serem alavancadas. Ao todo, serão destinados R$ 1 milhão. Confira o regulamento completo aqui.
De acordo com dados publicados em agosto pelo MapBiomas, o Cerrado perdeu quase 6 milhões de hectares de vegetação nativa entre 2010 e 2020. Goiás está entre os três com maior perda, com 810 mil hectares, atrás apenas de Tocantins (1,11 milhão) e Maranhão (890 mil). Em setembro, um incêndio que persistiu por mais de duas semanas destruiu 75,4 mil hectares na Chapada dos Veadeiros, o que corresponde a 10% de sua área total.
“A união de forças entre diferentes atores é elemento essencial para a conservação da natureza. É essa sinergia que faz a Fundação Grupo Boticário e a Fapeg caminharem juntas em busca de projetos que contribuam com a proteção e o desenvolvimento socioeconômico sustentável da savana mais rica do planeta”, afirma o presidente da Fapeg, Robson Domingos Vieira. Ele destaca que o Cerrado é um dos biomas mais ameaçados do Brasil, que sofre constantemente com incêndios de grandes proporções e com o desmatamento.
“Repetidamente, na época da seca, os incêndios atingem o Cerrado, prejudicando a sua biodiversidade e a economia. Esta chamada se propõe a apoiar soluções inovadoras, eficazes, economicamente viáveis e com potencial de replicação que contribuam com a redução dos focos e do impacto dos incêndios, seja com um novo equipamento para brigadistas ou para salvaguardar os animais da região, por exemplo. Além disso, também buscamos propostas que tragam mais valor aos produtos nativos do Cerrado, como o baru, o buriti e o pequi”, conta André Zecchin, coordenador da Reserva Natural Serra do Tombador, mantida pela Fundação Grupo Boticário.