Dia Mundial do Diabetes: SES alerta para importância da prevenção à doença

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O Dia Mundial do Diabetes foi a data escolhida por sociedades internacionais como forma de garantir um momento dedicado a estimular a divulgação de informações e os debates sobre as medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento dessa doença. No contexto atual da pandemia, intensificar os cuidados com as doenças crônicas é fundamental, e essa data é uma oportunidade para recrutamento dos pacientes para reavaliação e da população geral para a triagem.

A estimativa atual é que 400 milhões de pessoas sejam portadoras de diabetes no mundo, cerca de 16,8 milhões de pessoas no Brasil. Acredita-se que 1 em cada 2 indivíduos diabéticos ainda não saiba do diagnóstico, o que torna os números ainda mais alarmantes. O dado preocupa a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) que emite alerta e atualização de dados aos municípios, com foco nas ações de controle.

A Região Centro-Oeste possui uma proporção de 7,2% de diabéticos. Nos dados do VIGITEL (2020) preliminares, a capital Goiânia estimou que 6,3% desta população relatou o diagnóstico médico de diabetes, o que demonstra um declínio, já que em 2019, a proporção foi de 6,6%, com predomínio no sexo masculino. Com relação à mortalidade por diabetes, na faixa etária de 30 a 69 anos, houve em 2019, em Goiás, 592 óbitos, também um declínio de 2018, que foram 825 óbitos segundo o SIM/DATASUS.

O diabetes é importante causa de cegueira, insuficiência renal, doenças cardiovasculares e amputações. Essas complicações podem ser evitadas, caso os pacientes tenham tratamento adequado, e mantenham bom controle da doença. Daí a grande importância do diagnóstico precoce e acompanhamento.

Percentual de adultos que referem diagnóstico médico de diabetes , por sexo, Goiânia

 2010 2011201220132014201520162017201820192020
Masculino7,74,154,75,876,38,15,46,97,7
Feminino5,44,25,85,46,66,98,66,576,35,1


Teste glicemia

Segundo Nota Técnica do Ministério da Saúde/2020, em busca do diagnóstico de novos casos de diabetes, alguns grupos que apresentem fatores de risco para a doença devem ter a glicemia avaliada. Os fatores de risco mais importantes são: idade maior ou igual a 45 anos, sobrepeso ou obesidade, sedentarismo, hipertensão arterial sistêmica, doença cardiovascular, história familiar de diabetes, história prévia de diabetes gestacional, pré-diabetes, níveis de HDL colesterol menores que 35 mg/dl e/ou triglicerides maior que 250mg/dl, uso crônico de corticoide ou tabagismo.

Os indivíduos que apresentem sintomas do diabetes como aumento no volume da urina (poliúria), aumento da sede (polidipsia), fome exagerada (polifagia), perda de peso não intencional, fraqueza e turvação visual devem procurar uma unidade de saúde para avaliação.

O tratamento do diabetes compreende medidas farmacológicas e não farmacológicas, que se referem a mudança de estilo de vida como a prática de exercícios físicos regularmente e hábitos alimentares saudáveis como evitar alimentos ultraprocessados, evitar o açúcar, evitar gorduras, consumir carboidratos com moderação e aumentar a ingesta de legumes e verduras.

Para grande parte dos pacientes será necessário o uso de medicamentos para o tratamento do diabetes, o que poderá ser definido somente após a avaliação médica. O uso de medicamentos, quando indicado, deve ser feito rigorosamente, bem como os exames de controle e consultas médicas. Esse acompanhamento regular permite ajuste do tratamento e possibilita que complicações como doenças cardiovasculares, alterações de fundo de olho, renais e de neuropatia sejam diagnosticadas e tratadas.

“A prevenção e tratamento dessa enfermidade é de fundamental importância para diminuir as chances de complicação. Diante da gravidade e dos impactos na saúde, econômico e social gerados pelas complicações do diabetes, é necessária a definição de estratégias de intervenção para prevenção, diagnóstico precoce e controle dessa doença, bem como dos fatores de risco associados, e ainda, a atualização da equipe interdisciplinar que trabalha diariamente com o cuidado ao paciente, possibilitando resultados positivos na melhoria da saúde dessa população”, explica Magna Carvalho, gerente de Vigilância de Agravos Não Transmissíveis, da Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa) / SES-GO

Óbitos por diabetes de 30 a 69 anos – GO 

2009604
2010636
2011624
2012693
2013678
2014753
2015802
2016778
2017826
2018825
2019592

Fonte: SIM/DataSUS