Emater e Sebrae do Acre visitam e conhecem o trabalho da Emater Goiás
A sede da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), em Goiânia, recebeu nesta semana representantes da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Acre (Emater-AC) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-AC) do mesmo Estado. A comitiva desembarcou em solo goiano para conhecer os programas e soluções voltados para o setor agropecuário desenvolvidos em Goiás.
O presidente da Emater, Pedro Leonardo Rezende, recepcionou o grupo acreano e apresentou a instituição. Segundo ele, a principal missão da entidade é atender os agricultores familiares goianos, promovendo a inclusão produtiva, elevação de renda e melhoria na qualidade de vida das famílias rurais.
Para a liderança, as organizações públicas de assistência técnica e extensão rural de todo o País enfrentam um problema em comum: o quadro reduzido de técnicos em campo. “Diante deste cenário, temos buscado ferramentas de forma a otimizar o trabalho e a capacidade operativa para atender o nosso público prioritário”, pontuou.
A Emater goiana vem se destacando pelos programas e metodologias aplicadas para aprimorar a cada dia o atendimento ao segmento rural familiar. Entre as ações que foram apresentadas no encontro está a Gestão Por Resultados (GPR), modelo de gestão que busca melhorar a eficiência operacional. A metodologia já vem sendo aplicada pelas equipes de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) em campo e nos escritórios.
“O objetivo da instituição pública é levar desenvolvimento rural sustentável aos nossos clientes”, enfatizou o diretor de Assistência Técnica da Emater, Antelmo Teixeira. Ele destacou a atuação sinérgica do Governo de Goiás, cujo esforço coordenado faz com que os órgãos públicos estaduais operem de maneira complementar. “Levamos aquela família rural até determinado ponto e a partir dali outra instituição conduz”, explicou.
Os visitantes fizeram uma excursão completa para conhecer todas as instalações do Complexo de Inovação Rural, estrutura que abriga a sede administrativa da Emater, Complexo de Laboratórios, Centro de Treinamento e Capacitação e Estação Experimental Nativas do Cerrado. O local tem sido visto como referência nacional de infraestrutura destinada ao desenvolvimento de pesquisas voltadas para a agricultura familiar.
A comitiva passou pelos laboratórios onde são estudadas diversas variedades de pequi, inclusive a sem espinhos, e investigada também a praga que está atacando pequizeiros em Goiás e Minas Gerais. As lideranças do Acre estiveram ainda no laboratório em que é executada a pesquisa com cultura de tecidos, cujo propósito é disponibilizar ao produtor rural plantas geneticamente melhoradas, livres de pragas e doenças.
O complexo conta também com o Horto Medicinal de Plantas Bioativas, para fabricação de mudas e pesquisa com espécies medicinais, condimentares e aromáticas. Os convidados conheceram também a Agroindústria Escola, local de capacitação em produção industrial e fomento do empreendedorismo rural, com cursos em áreas como panificação, laticínios e fabricação de polpas de frutas.
Emater MOBI
Um dos carros-chefes da instituição, o Emater MOBI é uma plataforma de atendimento remoto, que coloca o produtor rural diretamente em contato com o profissional responsável pela assistência técnica. A ferramenta já foi compartilhada para outras entidades de extensão rural, como a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado Minas Gerais (Emater-MG), e para os Estados integrantes do Consórcio Brasil Central (BrC).
Para verificar em campo como o aplicativo funciona, a comitiva foi até uma propriedade assistida pela Emater no município de Anápolis. A servidora técnica Luciana Christina Alves foi responsável por demonstrar as funcionalidades do software desenvolvido pela Gerência de Tecnologia e Informação. Além do atendimento remoto, o Emater MOBI oferece serviços informativos, como a disponibilização de todas as notícias publicadas no site do órgão e a Rádio Emater.
“Esta visita tem um significado muito importante para a Emater do Acre. Viemos para ver o sistema Mobi digital que eles estão utilizando e nós pretendemos levar para implantarmos lá”, revelou o presidente da Emater-AC, Rynaldo Lúcio dos Santos. “É uma importante troca de tecnologias, informações e aprendizados. Iremos levar muitas novidades para os nossos agricultores do Estado do Acre”, acrescentou.
Jornada em campo
A visita não seria completa sem a vivência em campo. Para encerrar a programação, o grupo esteve em mais uma propriedade acompanhada pela Emater. Em Itauçu, o zootecnista Fernando Coelho apresentou o projeto Bovinocultura Sustentável, iniciativa que tem o intuito de promover o aumento da produção de leite nas fazendas com a aplicação de técnicas específicas de manejo de pastagens, como o pastejo rotacionado e a fertirrigação.
Já em Quirinópolis, a última parada foi em uma propriedade que se tornou modelo em Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), método que consiste na incorporação de diferentes sistemas produtivos – agrícolas, pecuários e florestais – dentro de uma mesma área, coexistindo de modo que haja benefício mútuo para todas as atividades.
Durante o último dia de intercâmbio, o diretor técnico da Emater-AC, Mariano Tavares do Couto, aproveitou para fazer um balanço sobre a viagem. “O principal objetivo da nossa visita foi aprender sobre Ater de resultados que a Emater Goiás vem trabalhando e o sistema de monitoramento digital que eles utilizam, uma ferramenta de gestão e planejamento que nós queremos implantar na Emater Acre e poder dar um salto na Ater de nosso Estado”, finalizou.