Em resposta ao MPF, governo destaca que mantém oito unidades de saúde para Covid-19 em Goiás
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), respondeu ao pedido de informações feito pelo Ministério Público Federal (MPF) sobre os hospitais de campanha (HCamps) do Estado. No documento, a gestão estadual esclareceu que, de um total de nove estruturas abertas no território goiano, somente uma, que era federal, foi fechada por decisão do Ministério da Saúde (MS), em Águas Lindas de Goiás. Além das oito demais unidades que seguem em pleno funcionamento, houve também investimento para a extensão do quantitativo de leitos, por meio de convênios com municípios e ampliação da rede própria, com foco na regionalização da saúde.
O MPF foi ainda informado de que, para enfrentamento da Covid-19, foi priorizada a implementação de oito HCamps de alvenaria que, posteriormente à pandemia, terão caráter duradouro. Com a medida, o intuito do governo estadual é de que todo o dinheiro investido tenha lastro e deixe legado como estruturação, fortalecimento, regionalização e interiorização do sistema de saúde em Goiás. Essas unidades reforçam a marca da atual gestão de levar atendimento para mais perto do cidadão. “Em nosso governo, o recurso da saúde é para ser revertido em qualidade de saúde para a população”, garantiu o governador Ronaldo Caiado durante entrega de leitos para a rede estadual.
Das oito estruturas, quatro foram estadualizadas logo no início da pandemia: em Formosa, Jataí, Luziânia e São Luís de Montes Belos. As demais, localizadas em Itumbiara, Goiânia, Porangatu e Uruaçu, tiveram outros processos de estruturação. Com esse trabalho de regionalização da saúde e ampliação da rede, o Estado mantém leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em 21 municípios goianos.
Para o titular da SES, Ismael Alexandrino, todo esse processo impacta positivamente na saúde dos goianos. “Buscamos otimizar cada recurso, transformando-o em atendimento à população”, ressaltou. O quantitativo atual de 1.250 leitos dedicados à Covid-19, sendo 451 leitos críticos, supera em muito o total de estruturas do período anterior à pandemia.
Responsabilidade federal
O HCamp de Águas Lindas de Goiás detinha estrutura modular e transitória, ou seja, se tratava de uma unidade temporária, de “tenda e lona”, conforme popularmente se denomina essa modalidade de estruturação. A escolha por essa forma de construção foi motivada por decisão exclusiva do MS à época, que transferiu ao Estado de Goiás unicamente a gestão e operacionalização da unidade. O hospital desativado foi fruto de um acordo de cooperação técnica, celebrado entre a União e o Governo de Goiás, por intermédio dos seus respectivos órgãos, Ministério da Saúde e Secretaria de Estado da Saúde.
Após essa decisão, o Estado de Goiás elaborou um plano de desmobilização para assegurar a assistência necessária aos pacientes que dependiam de atendimento na unidade. Todo o processo para desmobilizar o hospital foi realizado sem qualquer risco às pessoas assistidas no local, que foram levadas para unidades de saúde estaduais.
Assim que o MS decidiu pela desativação, foi realizado levantamento de equipamentos que pertenciam à SES e de insumos, gerando, posteriormente, a distribuição para outras unidades que atendem casos de Covid-19 e que à época mais careciam desses recebimentos.
Já em relação aos equipamentos, a gestão estadual realizou toda listagem dos bens pertencentes ao Estado de Goiás, bem como a retirada desses, com destino ao Almoxarifado da SES-GO, para posterior distribuição para outros locais. A pesquisa foi acompanhada pela empresa Progen, que era a contratada pelo Ministério da Saúde para cuidar de toda a estrutura física modular do Hospital de Campanha de Águas Lindas e registrou declaração de anuência e recebimento dos bens federais que foram devolvidos.
Para garantir o atendimento da população goiana no Entorno do Distrito Federal, dos oito HCamps do Governo de Goiás, dois estão na região. As unidades localizadas em Formosa e Luziânia somam 128 leitos dedicados exclusivamente aos casos de Covid-19, sendo 50 de UTIs. Os locais contam ainda com pronto-socorro e toda estrutura necessária para realização de exames laboratoriais e de imagem, como tomografia, ultrassonografia e raio-x.
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