Operação mira uso de drones por detentos do Complexo Prisional
A Delegacia de Repressão às Atividades Criminosas Organizadas (Draco), com apoio da Polícia Penal de Goiás, deflagrou a Operação V.A.N.T (Veículo Aéreo Não Tripulado), visando dar cumprimento a 18 mandados de prisão temporária e 25 mandados de busca e apreensão nos municípios de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Trindade, Goianira, Bela Vista de Goiás, Senador Canedo, Morrinhos, Anicuns e Joviânia, bem como em uma ala inteira da Casa de Prisão Provisória (CPP).
Segundo a delegada Débora Melo, a investigação identificou grupo criminoso especializado no ingresso de materiais ilícitos, tais como entorpecentes, aparelhos celulares, chips e carregadores, dentro da Casa de Prisão Provisória, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, mediante a utilização de drones.
De acordo com o inquérito policial, no ano de 2021 foram constatados 85 registros relativos à atividade de drones nas imediações do presídio de Aparecida de Goiânia, em contraposição a apenas sete ocorrências no ano de 2020.
O “serviço de entrega” de drogas e celulares por meio de drones é requisitado e custeado por detentos, que também já foram individualizados no procedimento investigativo e pertencentes a facção criminosa. “O inquérito também elucidou que o grupo criminoso possui relevante poder econômico, pois o custo operacional para a execução de uma única “viagem” de drone pode chegar a R$ 50 mil”, explica a delegada.
Dentre as funções desempenhadas pelos integrantes do grupo, foram identificados operadores financeiros, instrutores de drones, pilotos de drones e auxiliares. Os investigados irão responder pelos crimes de associação criminosa, tráfico de drogas, associação ao tráfico e favorecimento real.