Policlínica de Goianésia destaca Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual

Enfermeira Larissa Nolasco ministra qualificação sobre assistência à pessoa com deficiência visual

A equipe multidisciplinar da Policlínica Estadual da Região do Vale do São Patrício – Goianésia promoveu, na segunda-feira (13), um treinamento para os colaboradores, no auditório da unidade do Governo de Goiás sobre o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual, celebrado nesse dia. De acordo com a enfermeira Larissa Nolasco Guimarães Saiki, que conduziu a atividade, o intuito é qualificar os profissionais a prestarem assistência de qualidade, com conhecimento científico e prático, às pessoas com deficiência visual.

Larissa iniciou a palestra explicando a diferença entre cegueira e baixa visão. “Cegueira é o termo utilizado para a perda total de visão, o que leva a pessoa a necessitar do sistema Braille ou de sistemas que verbalizam textos em computadores e celulares para a comunicação de leitura e escrita”, disse. 

“A baixa visão é o termo usado para a pessoa que tem sua função visual comprometida, mas que usa, ou é potencialmente capaz de usar, a visão para executar algumas tarefas. Seu resíduo visual lhe permite ler impressos, com auxílio de recursos de tecnologia assistiva, como letras ampliadas, lupas e ampliadores de tela”, destacou.

De acordo com a enfermeira, a Lei n° 11.126/2005 garante à pessoa com deficiência visual que tem cão-guia o direito de ingressar e permanecer com o animal em todos os locais públicos ou privados de uso coletivo. Também é preciso realizar adaptação para que essas pessoas se sintam seguras e tenham acessibilidade em todos os lugares.

Empatia
Para finalizar a atividade, a profissional realizou uma dinâmica com os colaboradores. Larissa solicitou que todos fechassem os olhos. Ela apresentou um vídeo que conta a história de um porco-espinho na escola. O personagem principal tinha dificuldades para desenvolver atividades sociais e laborais, devido a sua singularidade, e vivia triste por causa da sua diferença. Mas ele ganhou dos colegas um presente para ajudar a realizar as atividades e sentir-se abraçado por todos. Durante a exibição do vídeo, todos ficaram com os olhos fechados.

A enfermeira fez uma alerta da importância de se colocar no lugar do outro e entender suas restrições e particularidades. “Perguntei o que cada um conseguiu imaginar sobre o vídeo, pois estavam com os olhos fechados. Pedi que abrissem os olhos e assistissem ao vídeo. Os participantes puderam fazer uma reflexão sobre a atividade”,afirma.

Larissa destaca que foi possível identificar a importância do respeito e da inserção da pessoa com deficiência visual, “para que estes possam ter acessibilidade, respeito e garantia do seu direito”, justificou.

Conscientização
No dia de dezembro, comemora-se o Dia Nacional do Cego ou Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual. A data existe desde 1961 e foi criada para reduzir a discriminação e o preconceito com as pessoas cegas. O preconceito contra as pessoas com deficiência chama-se capacitismo e precisa ser combatido. 

A deficiência visual é a perda total ou parcial da visão sem correção ótica. A perda visual pode ocorrer por doenças, acidentes ou má formação.

Julianna Adornelas (texto e foto)/Instituto CEM