Reservatório Pedro Ludovico é novo ponto de arte urbana em Goiânia

O espaço do reservatório, com a revitalização, foi envolto por quatro grandes murais ligados aos seguintes temas: mulheres, artista operário, riqueza das águas e trabalhador do campo

O Reservatório Pedro Ludovico, em Goiânia, foi revitalizado. A ação, que o transformou em galeria de arte pública, contou com a participação de quatro artistas goianos: Cássia Jurupiá, Diogo Rustoff, Tchella Queiroga e Wes Gama. Foram desenvolvidos, especialmente para o local, quatro murais com temáticas diversas e relacionadas ao perfil de cada muralista.

Além de dar nova cara à unidade da Companhia, a iniciativa contribui para a ampliação do circuito de arte urbana de Goiânia, que tem ganhado destaque nos últimos anos. O projeto, patrocinado pela Opus Incorporadora, foi realizado com produção e curadoria da produtora de arte urbana Valenta Brasil. As obras estão expostas na Rua T-36, no Setor Serrinha, e podem ser apreciadas pela população em espaço público e aberto.

Paredões
O espaço do reservatório, com a revitalização, foi envolto por quatro grandes murais ligados aos seguintes temas: mulheres, artista operário, riqueza das águas e trabalhador do campo. O primeiro, idealizado por Cássia Jurupiá, remete à diversidade e recupera a memória da autora em relação à sua ancestralidade indígena.

A segunda peça, por sua vez, tem assinatura de Diogo Rustoff, e traz uma reflexão sobre a importância da prática artística envolvida no trabalho de operários, demonstrando que o fazer cultural não é exclusividade do sensível.

Já o paredão que aborda a riqueza das águas é de Tchella Queiroga. Neste trabalho, inspirado na obra da cantora e compositora Maria Bethânia, ela foca na força da representação das águas como fonte da origem e do fluxo contínuo. O mural de Wes Gama, por fim, apresenta o trabalhador do campo, relacionando o conceito da fluidez do tempo em contraponto ao desgaste de suas mãos.