HDS promove ação de conscientização sobre disfagia

Ao mesmo tempo em que a disfagia gera desconforto ao comer e beber, pode também causar problemas como desnutrição, desidratação, risco de complicações pulmonares, septicemia e pneumonia aspirativa (Foto: Secom)

No mês em que se comemora o Dia Nacional de Atenção à Disfagia, a equipe multiprofissional do Hospital Estadual de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta – HDS realiza várias iniciativas com objetivo de informar os pacientes usuários dos serviços da unidade de saúde sobre as causas, sintomas e formas de tratamento.

Entre as ações, foram montados murais ilustrativos, distribuição de folders e aplicação de questionário com a finalidade de identificar possíveis casos de disfagia. Além disso, no dia 19 deste mês, os profissionais promoveram o momento “tira-dúvidas” com os pacientes que desejaram obter mais detalhes sobre a doença.

A fonoaudióloga da unidade do Governo de Goiás, Daniela Tosta Ferreira, explica que a disfagia se caracteriza pela dificuldade de ingerir alimentos e pode ser causada por doenças neurológicas, sistêmicas, processo de envelhecimento e uso de medicamentos, entre outros.

Ao mesmo tempo em que a disfagia gera desconforto ao comer e beber, pode também causar sérios problemas, como desnutrição, desidratação, risco de complicações pulmonares, septicemia e pneumonia aspirativa. 

Qualidade de vida
A falta de informação e desvalorização dos sintomas pela população causam atraso no diagnóstico e início do tratamento, o que impacta negativamente na qualidade de vida. O fonoaudiólogo é o profissional indicado para fazer o diagnóstico da disfagia, que tem tratamento.

A paciente Zenaide de Brito Santos Rocha, 55 anos, passou pelo atendimento de rastreio no mês de janeiro deste ano e recebeu diagnóstico positivo para a disfagia, o que nem imaginava. “Eu sentia dificuldade para engolir, sensação de entalo na garganta e engasgava muito fácil, mas pensava que seria normal”, ressaltou. Zenaide destaca que o atendimento dos profissionais do HDS fez toda diferença. Após três sessões, conseguiu ter de volta sua rotina normal de alimentação.

Durante a ação do dia 19, os pacientes que apresentaram risco para disfagia passaram por uma avaliação específica com os fonoaudiólogos e nutricionista da instituição. O tratamento no HDS é baseado na intervenção multidisciplinar: médico geriatra, fonoaudiólogo e nutricionista. O fonoaudiólogo identifica os distúrbios relacionados à deglutição e atua diretamente nas funções estomatognáticas, desde fortalecimento da musculatura orofacial e outras. 

“É um problema de saúde que atinge mais a população acima dos 50 anos, mas pode ocorrer em todas as faixas etárias, comprometendo o bem-estar, o estado nutricional e impactar negativamente na qualidade de vida das pessoas”, alerta a fonoaudióloga Taiane da Silva Brandão. 

O Dia Nacional de Atenção à Disfagia é celebrado no dia 20 de março. Além das fonoaudiólogas da instituição, o evento contou também com o apoio da nutricionista do programa de aperfeiçoamento, Vivia Ribeiro de Castro.