Professora da UEG pesquisa qualidade da água do Rio Traíras
Na semana em que se comemora o Dia Mundial da Água (22 de março), uma pesquisa de uma professora do Curso Superior de Tecnologia em Mineração da Unidade Universitária de Niquelândia, da Universidade Estadual de Goiás, estuda a qualidade ambiental das águas do Rio Traíras, no Norte do Estado.
A pesquisa da professora Cássia Monalisa dos Santos Silva, doutoranda em Geografia pela Universidade de Brasília (UnB), detectou até aqui que, apesar das alterações ambientais irreversíveis nas proximidades, as condições da água bruta do Rio Traíras, localizado na reserva particular de desenvolvimento sustentável Legado Verdes do Cerrado, na cidade de Niquelândia-GO, se encontram dentro dos limites permitidos pela Resolução Conama 357/2005, apresentando caráter adequado de consumo. Cássia diz que, mesmo assim, é importante a implementação do plano de gestão ambiental para minimizar futuros impactos ambientais no rio.
Segundo a professora, a importância da pesquisa se dá pelo fato de os rios serem fontes de um dos recursos naturais indispensáveis aos seres vivos, tendo elevada importância cultural, socioeconômica, histórica nas cidades onde se localizam. “O presente estudo objetivou avaliar os parâmetros físico-químicos da água do rio Traíras, em Niquelândia-GO, sendo este a principal fonte de abastecimento de água da população. Na presente pesquisa foram selecionados cinco pontos de coleta da água do Rio Traíras para aferição das características físico-químicas, tais como: pH, turbidez, cor e sólidos totais dissolvidos”, explica.
Cássia explica que a pesquisa iniciou em março de 2017 através de um acordo de cooperação entre o Estado e as reservas ambientais da Votorantim. “Hoje temos apoio da Companhia Brasileira de Alumínio, que nos forneceu toda a estrutura de pesquisa, inclusive laboratório de análise físico-química da água”, destaca.
O primeiro artigo do trabalho da professora Cássia foi publicado no livro “Água, desenvolvimento sustentável e compartilhamento” lançado no Fórum Mundial da Água em 2018. “Ao todo, tivemos, de 2018 para cá, dois artigos publicados e quatro trabalhos de conclusão de curso que foram base dessa pesquisa, sendo que o último TCC será apresentado nesta quarta-feira, dia 24/03/2021”, salienta.
A expectativa da professora Cássia é que os estudos sejam concluídos no ano que vem, no mais tardar em 2023, dependendo de como vai ficar a pandemia do coronavírus. “A pesquisa era para ser concluída em 2020. Contudo, devido à crise sanitária ficamos inertes. E apenas retornamos no início deste ano com todas as precauções, contudo já tivemos que parar as atividades novamente”, diz.
