Unidade Prisional de Catalão inaugura espaços de saúde, educação e videoconferências
A Unidade Prisional Regional (UPR) de Catalão, que pertence à 4ª Coordenação Regional Prisional (CRP) da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), concluiu, nesta semana, uma série de melhorias no presídio, que agora conta com um módulo de saúde, sala multifuncional e de videoconferências. As benfeitorias foram realizadas em parceria com o Poder Judiciário.
O módulo de saúde é composto por sala de enfermaria e consultórios médico e odontológico. A sala multifuncional é voltada aos projetos de educação. Com capacidade para 18 alunos, ela foi equipada com carteiras, quadro branco, prateleiras e televisão, cedida pelo Rotary da cidade.
A diretora Fernanda Cristina acrescenta que a sala multifuncional também abriga a biblioteca da unidade prisional, com acervo de mais de 500 livros. “São obras literárias doadas pelo Depen (Departamento Penitenciário Nacional) ou pela sociedade em geral.”
O coordenador da 4ª Regional, José Cordeiro Rolim, conta que foram construídas duas salas de videoconferência, equipadas com computadores doados pelo Tribunal de Justiça, internet e câmeras. “Cumprimos as exigências do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Agora as audiências de custódia são realizadas dentro do presídio, sem necessidade de escoltar os presos”.
Para completar as benfeitorias, a unidade prisional recebeu pintura nova e a parte de paisagismo foi revitalizada. “Nossa nova fachada identifica o prédio como órgão da Segurança Pública de Goiás, a Polícia Penal. Tudo dentro dos padrões de identidade visual estabelecidos pela corporação”, completa Rolim.
Investimentos
Para realizar as melhorias, a direção do presídio contou com recursos disponibilizados pelo Judiciário. “Por meio de editais foram liberados mais de R$ 40 mil. Para ter acesso a esta verba, elaboramos os projetos, apresentando as necessidades e pretensões da unidade prisional. E conquistamos a aprovação das autoridades competentes”, conta Fernanda.
De acordo com a diretora da UPR, os recursos foram usados para compra de materiais e equipamentos, mas a execução das obras foi realizada com mão de obra carcerária. “Detentos da própria unidade prisional foram empregados na construção do módulo de saúde, sala multifuncional, sala de videoconferência, além da pintura e jardinagem”, afirma.
Além de aprender uma profissão e adquirir novas experiências, os custodiados que trabalharam nos projetos serão beneficiados com remição de pena, conforma determina a Lei de Execução Penal (LEP). A cada três dias de trabalho, reduz-se um dia do total da pena a ser cumprida.