Revitalizada e moderna, Emater completa 63 anos de história
A reestruturação da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), pelo Governo de Goiás, marca a chegada dos 63 anos da instituição, que faz aniversário nesta quinta-feira (3). Neste ano, a atual gestão finalizou a entrega das obras do Complexo de Inovação Rural, em Goiânia, onde está localizada a sede administrativa da entidade, instaurando uma nova etapa para o setor produtivo rural no Estado.
Com trajetória marcada por altos e baixos, a Emater alcança novamente um lugar de protagonismo graças ao empenho do governo estadual, que tem investido substancialmente tanto no eixo administrativo quanto no infraestrutural. Em julho de 2021 e em fevereiro último, a nova sede e o novo Centro de Tecnologia e Capacitação (Centrer) foram inaugurados, respectivamente, encerrando mais um ciclo de entregas relativas à agência.
Modernizar e dotar a Emater das condições necessárias para oferecer assistência técnica aos pequenos produtores e aos agricultores familiares são grandes preocupações do governo, que implanta medidas para valorizar a vocação produtiva agropecuária do Estado. “Em minha gestão, temos uma nova era na Emater”, assegura o governador Ronaldo Caiado.
Segundo ele, é compromisso do Governo de Goiás construir as bases para que o servidor público desempenhe da melhor forma o seu trabalho em prol do cidadão. “Isso é fundamental para nós. O servidor precisa se sentir respeitado para termos o retorno da qualidade do serviço que ele presta ao Estado”, diz.
Caiado contabiliza, ainda, o retorno dos investimentos direcionados ao setor. “É um prédio que tem capacidade de, a cada real investido, gerar R$ 4,70 de retorno. E vai alcançar muito mais”, destaca ao avaliar a perspectiva de aproveitamento dos recursos entregues. “Temos hoje laboratórios que estão com toda tecnologia para desenvolver o que existe de melhor na genética e nos genótipos da agropecuária brasileira”, pontua.
O presidente da Emater, Pedro Leonardo Rezende, define este período como o “renascimento” da autarquia, que chegou a ser extinta ou incorporada a outras pastas em gestões anteriores. “É com grande alegria que completamos mais um ano de história. Todas essas conquistas simbolizam o ressurgimento de uma instituição que foi extremamente importante para que o Estado de Goiás se consolidasse como um dos expoentes mundiais da produção de alimentos”, afirma.
“Pensar no desenvolvimento do setor agropecuário em Goiás é sobretudo pensar no trabalho feito pela Emater nesses mais de 60 anos junto ao produtor rural”, sublinha o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Tiago Mendonça. “Ela foi e continua sendo parceira de primeira hora, seja na assistência técnica, na extensão rural ou na pesquisa voltada para o agro. São ações de excelência, realizadas por uma equipe altamente qualificada, que beneficiam produtores de Norte a Sul do Estado”, acrescenta.
Nova estrutura
O Complexo de Inovação Rural engloba uma rede de departamentos que integra a nova sede administrativa às áreas destinadas à pesquisa e qualificação agropecuária: Complexo de Laboratórios, Centro de Tecnologia e Capacitação (Centrer), Agroindústria Escola e Estação Experimental Nativas do Cerrado.
Para as obras do edifício em que funcionarão os escritórios, retomadas em dezembro de 2019, foram investidos R$ 11 milhões. Já o Centro de Tecnologia e Capacitação demandou o valor de R$ R$ 7,1 milhões. Os recursos são provenientes da antecipação de ativos remanescentes da liquidação da antiga Emater empresa.
O Centrer, que durante toda a história da Emater se caracterizou como um projeto pioneiro de capacitação aos profissionais do agro em Goiás, passou por uma grande reestruturação e disponibiliza unidades didáticas, refeitório e 32 apartamentos com três camas cada, totalizando 96 vagas para o alojamento dos participantes de cursos e oficinas intensivas ministradas pela instituição.
Já para o Complexo de Laboratórios, que está em atividade desde dezembro de 2018, foram destinados R$ 4,5 milhões para a construção de quatro setores especializados de pesquisa agropecuária: Laboratório de Biotecnologia, Cultura de Tecidos e Biofábrica; Laboratório de Entomologia e Controle Biológico; Laboratório de Fitopatologia e Sementes; e Laboratório de Solos e Resíduos.
O Complexo de Inovação Rural conta ainda com uma agroindústria, espaço voltado para a capacitação em produção industrial e fomento ao empreendedorismo rural; o Horto de Plantas Bioativas, dedicado à pesquisa com plantas medicinais, aromáticas e condimentares; e um viveiro especializado em produção de mudas de espécies nativas do Cerrado, que são disponibilizadas para comercialização a preços acessíveis.