Policlínica de Quirinópolis alerta sobre consumo de potássio

Nutricionistas orientam pacientes da hemodiálise da Policlínica de Quirinópolis sobre potássio nos alimentos

Os pacientes da hemodiálise da Policlínica Estadual da Região Sudoeste – Quirinópolis tiveram uma atividade educativa com a equipe multiprofissional da unidade do Governo de Goiás sobre as frutas com maior concentração de potássio, mineral presente nos alimentos, principalmente nos de origem vegetal, como frutas, verduras, legumes e feijão.

A nutricionista Érica Rodrigues explica que a preocupação em manter o potássio plasmático nos valores considerados normais é grande, uma vez que tanto a sua falta como o seu excesso podem levar a arritmias cardíacas e morte súbita. “Uma das funções dos rins é regular a quantidade de potássio no sangue. Eles são responsáveis por excretar 90% da carga ingerida do mineral. Quando os rins não são capazes de cumprir essa função de forma eficaz, o nível de potássio no sangue sobe”, afirma.

Segundo a profissional, uma das formas de reduzir a concentração de potássio em alguns alimentos é por meio do processo de desmineralização. “Uma vez que o potássio apresenta facilidade em ligar-se às moléculas da água, após cozimento, esses alimentos perdem algum potássio presente nos alimentos ao natural ou em cru. Praticado este processo de desmineralização, os legumes e hortícolas ficam naturalmente mais pobres em potássio”, explica.

Érica ressalta que conhecer os alimentos mais ricos em potássio ajudam no dia a dia do paciente, principalmente no período em que fica mais tempo sem fazer hemodiálise. A equipe apresentou aos pacientes frutas com alto e baixo teor de potássio. “Um destaque é a carambola, independente do seu conteúdo de potássio, apresenta uma substância tóxica ainda não identificada que pode causar desde soluços até coma e morte em pacientes com DRC (doença renal crônica)”, explicou.

Desmineralização 
Para fazer a desmineralização dos alimentos, é preciso colocá-los crus, cortados no maior número de porções possíveis, deixando-os de molho pelo menos durante duas horas. Rejeite essa água e repita o processo. Coloque os legumes para cozinhar durante dez minutos, rejeitando a água da primeira fervura. Volte a colocar os legumes em nova água, já a ferver, para terminar o processo.

“Em ambos os casos, é importante não esquecer de rejeitar a água, pois estão muito concentradas em potássio. É importante entender que nenhum deste processo retira a totalidade de potássio presente nos alimentos. Lembre-se que o potássio vai acumulando no organismo desde o fim do último tratamento até ao início do tratamento seguinte. Para alguns doentes, a hemodiálise é a única forma de remoção potássio acumulado no organismo”, garante Érica.

Julianna Adornelas (texto e foto)/Imed