Caldas Novas recebe maratona tecnológica para alunos da rede estadual
Professores e estudantes de 23 Centros de Ensino em Período Integral (Cepis) da rede pública estadual de Ensino desembarcaram em Caldas Novas, no interior do Estado, para o 1º Bootcamp do projeto Hackathon Low Code.
Ao todo, são três dias de evento, de 24 a 26, que estimularão o desenvolvimento de competências do pensamento computacional e a visão empreendedora dos participantes, além de apresentar fundamentos da programação low code.
Desenvolvido pelas Secretarias de Estado da Educação (Seduc) e de Desenvolvimento e Inovação (Sedi), em parceria com o Centro de Excelência em Inteligência Artificial da Universidade Federal de Goiás (Ceia/UFG), o 1º Bootcamp reúne os 23 professores participantes da primeira turma do curso “Criando soluções inovadoras: da ideia à prototipação” e suas equipes, formadas por três alunos cada.
Ao longo da formação, cada equipe deverá desenvolver um projeto de software usando a linguagem low code, modelo que utiliza ferramentas simples de programação.
Programação Low Code
O primeiro dia de formação foi de acolhida às equipes, que chegaram ao longo do dia para a abertura oficial do evento. A cerimônia, realizada no início da noite, contou com as presenças do secretário de Estado de Desenvolvimento e Inovação, Márcio César Pereira; da superintendente de Educação Integral da Seduc, Márcia Rocha de Souza Antunes; da superintendente de Tecnologia e Inovação da Sedi, Sheila Pires; e do coordenador do Ceia/UFG, professor Anderson Soares. A secretária de Estado da Educação de Goiás, Fátima Gavioli, foi representada na solenidade pela superintendente de Educação Integral da Seduc, Márcia Rocha.
“Nos dois dias e meio que nós estaremos aqui é para dar asas à imaginação, pensar em algo, construir algo. E não é algo só para agora, é algo que vai para além desse momento. E não termina aqui, porque a gente melhora e aperfeiçoa todos os dias”, projetou a superintendente de Educação Integral, Márcia Rocha, durante a abertura do evento.
De acordo com a superintendente da Seduc, toda a programação foi pensada de modo a explorar as oportunidades que o mundo da tecnologia, do pensamento computacional e da inteligência artificial disponibilizam aos adolescentes e jovens. Para isso, eles entrarão em contato com ferramentas de programação low code, com o uso de softwares que não exigem conhecimentos avançados em linguagem computacional.
“Nesse primeiro momento, o que a gente quer estimular nos alunos é a ideia de qual problema ele quer resolver e como funcionaria o protótipo para solucionar esse problema”, explicou o coordenador do Ceia/UFG, Anderson Soares. “Ele faz o desenvolvimento dessas ideias nessas ferramentas chamadas low code, nas quais ele tem que desenhar telas, mostrar como funcionaria, sem que ele precise passar um ano ou dois aprendendo programação. É uma ferramenta muito legal para essa geração e acessível para esse momento deles”.
O uso das ferramentas de programação low code será guiado pelos professores, que tiveram contato com o conteúdo durante o curso “Criando soluções inovadoras: da ideia à prototipação”. Além disso, os participantes serão auxiliados pelo pesquisador do Ceia/UFG, João Gabriel.
Campus Party
Os protótipos e ideias desenvolvidos pelas equipes da rede estadual de ensino durante o 1º Bootcamp Low Code serão inscritas e apresentadas no Hackthon Low Code, durante a Campus Party 2022. O evento está previsto para os dias 15 a 19 de junho, em Goiânia.
“É uma edição um pouco diferente das anteriores, ela tem mais eventos e está mais conectada”, antecipou o secretário de Desenvolvimento e Inovação, Márcio César Pereira. “Será (uma edição) toda aberta, trazendo pessoas que vão estar remotas fazendo palestras. Então, também dará condições de ver grandes palestrantes no palco sem que eles estejam presentes. Vai ter coisas diferentes e vale muito a pena ir”.
Para o secretário, a oportunidade é especial para os jovens, que estão adentrando na lógica do pensamento computacional e poderão explorar suas ideias no ramo dos negócios. “É um movimento que vai transformar as pessoas para que no final elas estejam imersas no pensamento computacional, sem medo da programação e aproveitando o mercado que é tão amplo hoje de trabalho na área da tecnologia”, ressaltou.