Cursos gratuitos de tecnologia oferecidos durante 4º Mutirão têm 431 inscritos

Nathália Spíndola foi ao Mutirão Governo de Goiás para se inscrever em um dos cursos oferecidos pelas Escolas do Futuro: Estado investe na capacitação e qualificação da população (Foto: Arquivo e André Saddi)

Quando Nathália Spíndola, de 28 anos, saiu de casa no último domingo (10) rumo ao Mutirão do Governo de Goiás, realizado no Jardim Abaporu, na região leste de Goiânia, ela já tinha um destino certo: o estande da Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Inovação (Sedi). “Eu vim só pra fazer a inscrição no curso”, afirmou a jovem enquanto esperava na fila das Escolas do Futuro de Goiás (EFGs). Ela, que é atendente, está empolgada diante da possibilidade de estudar inglês básico. “Com certeza, é importante para conseguir um emprego melhor e aperfeiçoar nossas habilidades”, destacou a jovem.

Assim como Nathália, outras 430 pessoas se inscreveram nos cursos gratuitos de capacitação, qualificação, técnico, e superior em tecnologia oferecidos pela Sedi nas EFGs espalhadas pelo Estado: atualmente são quatro unidades em funcionamento – duas em Goiânia, entre elas, o Basileu França; uma em Aparecida, e uma em Santo Antônio do Descoberto. Essas estruturas foram criadas por lei pelo governador Ronaldo Caiado, em março do ano passado, com o intuito de remodelar a educação profissional e tecnológica no Estado. Para tanto foi assinado um convênio com a Universidade Federal de Goiás (UFG), que gerencia as unidades.

Mas não foram apenas as EFGs que movimentaram o estande da Sedi ao longo dos dois dias da quarta edição do mutirão, que recebeu aproximadamente 123 mil pessoas. O programa Sukatech, que têm o Goiás Social e a Sedi à frente, em parceria com a organização da sociedade civil (OSC) Programando o Futuro, chamou a atenção de quem passou pelo local. 

“A iniciativa consiste no aproveitamento da sucata eletrônica para gerar empregos e, ao mesmo tempo, preservar o meio ambiente“, ressaltou a subsecretária de Ciência e Tecnologia da Sedi, Sheila Pires. De forma prática, o programa funciona da seguinte maneira: a população doa os resíduos eletroeletrônicos à pasta, que, por sua vez, os recicla e os transforma em computadores, por exemplo. Mas tudo isso não é feito pelo governo e, sim, nos Centros de Recondicionamento de Computadores (CRCs), instalados em escolas situadas em regiões de vulnerabilidade socioeconômica. Ou seja: jovens de baixa renda serão capacitados durante o processo e terão, em um futuro próximo, a oportunidade de ingressar em uma carreira na área de tecnologia e inovação, justamente as que melhor remuneram no mercado atualmente.

Durante o mutirão, as pessoas que fizeram o descarte correto de eletroeletrônicos concorreram a um computador, doado pela Sedi. O sorteado foi Plínio Lima Nunes.

Include e Expresso

Um pouquinho da realidade dos Laboratórios Include também foi levada ao Jardim Abaporu no último final de semana. Os pequenos Fausto e Mariana, ambos de 4 anos, se divertiram com robôs e com óculos de realidade virtual disponibilizados pelo programa, que nasceu em Goiás da união entre Sedi e Instituto Campus Party, com o propósito inserir jovens nos ambientes digitais. Ainda durante o mutirão, a equipe de tecnologia da Sedi atendeu a população mostrando os serviços 100% digitais do aplicativo Expresso.