HCN realiza videocirurgia em pacientes com complicações respiratórias graves

UTI do HCN recebeu, em uma semana, quatro pacientes submetidos ao procedimento inédito na região (Foto: Wandy Ribeiro)

Diversos pacientes já foram beneficiados e tiveram a saúde restabelecida por meio da realização do novo procedimento cirúrgico feito no Hospital Estadual Centro-Norte Goiano (HCN), inédito no município de Uruaçu e região. Trata-se da videocirurgia, intervenção com alta tecnologia e minimamente invasiva que tem ajudado muitas pessoas com complicações respiratórias graves. Apenas na segunda semana de abril deste ano, três adultos e uma criança foram submetidos à cirurgia torácica assistida no complexo de saúde do Governo de Goiás.

Um desses pacientes foi uma criança de apenas 4 anos. Ela apresentava um quadro de saúde de risco com alta complexidade, devido a uma pneumonia extensa que evoluiu para várias complicações, como septicemia, derrame pleural e outros problemas. Por isso, ela chegou ao HCN em estado grave, no início do mês.

Para dar assistência à criança, foram necessários muitos procedimentos e cuidados, e a videocirurgia  foi fundamental para sua recuperação completa. Segundo a médica e cirurgiã torácica, Kelly Vitallino, logo após a realização da intervenção por vídeo, a pequena apresentou melhoras. “Ela já reagiu muito bem”, revela a especialista.

A médica ressalta que a cirurgia por vídeo é semelhante à tecnologia robótica, pois proporciona um pós-operatório mais rápido. “Existem bem menos danos ao paciente. Ele sente menos dor, a resposta metabólica ao trauma é menor. Então, a recuperação é mais rápida e melhor em vários sentidos, se comparada a uma intervenção aberta”, destaca Kelly.

Logística otimizada
A cirurgiã torácica reforça que o fluxo de internação hospitalar pode ser otimizado com a implementação da realização de videocirurgias. Kelly destaca que, devido à possibilidade de rápida recuperação no pós-operatório, há uma evolução na logística de funcionamento da unidade. “O procedimento melhora o universo hospitalar como um todo, pois, com a alta mais rápida, haverá mais rotatividade de pacientes e, consequentemente, mais leitos disponíveis para a população”, esclarece.

Na mesma semana, mais três pacientes de diferentes faixas etárias, sendo uma jovem de 19 anos, uma senhora de 75 anos e um idoso de 87 anos, também realizaram o procedimento de alta tecnologia por vídeo. 

“Sabemos que as novas tecnologias são essenciais para a melhoraria e a otimização em serviços de saúde. Estamos sempre em busca de modernizar nossos sistemas na assistência ao bem-estar da população de Uruaçu e de cidades do entorno”, destaca Getro de Oliveira Pádua, diretor-geral do Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed), organização social que administra o HCN.