Fim do período chuvoso derruba preços de hortifruti na Ceasa

Com o novo fechamento, dentro do esquema 14 por 14, que neste mês ocorrerá de 12 a 25, a tendência, segundo o gerente da Divisão Técnica da Ceasa Goiás, Josué Lopes Siqueira, é que os preços se mantenham em estabilidade

A reabertura do comércio cresce a perspectiva de aquecimento do mercado atacadista de hortifruti na Central de Abastecimento de Goiás (Ceasa), com a volta das feiras livres e o funcionamento de bares, lanchonetes e restaurantes, o que leva ao crescimento da demanda. Porém, antes da retomada do comércio, a Ceasa já contabilizava baixa nos preços de alguns produtos, devido à estabilização do clima e à redução dos índices de chuvas, no fim de março.

O começo de 2021, que na região coincide com o auge do período de chuvas, trouxe grande instabilidade nos preços, principalmente dos legumes. Naquele mês registrou-se na Ceasa preços inéditos, sempre num patamar superior. O grande vilão foi o pepino colonião, que chegou a ser vendido a R$ 200 a caixa de 22kg. Pela mesma quantidade do pepino comum, pagou-se R$ 120; o preço da banana prata também teve alta expressiva, chegando a R$ 65 a caixa de 15 kg, e da banana maçã, vendida a R$ 120,00. Itens como a batata inglesa foram vendidos, na pior alta, a preços acima de R$ 200, surpreendendo comerciantes e consumidores.

Retração nos valores

Já ao longo de março, apesar da alta ter sido mantida em fevereiro, observou-se uma retração dos valores, O pepino baixou de R$ 200 para R$ 70 a caixa; a banana maçã, de R$ 120 para R$ 70, sendo que a tendência se verificou também em relação aos demais produtos cujos preços dispararam no tempo das águas. Em março, o fechamento do comércio motivou ainda uma oferta maior que a demanda, o que derrubou mais os preços.

Com o novo fechamento, dentro do esquema 14 por 14, proposto pelo governador Ronaldo Caiado para conter o avanço dos casos de Covid-19, e que neste mês ocorrerá de 12 a 25, a tendência, segundo o gerente da Divisão Técnica da Ceasa Goiás, Josué Lopes Siqueira, é que os preços se mantenham em estabilidade, voltando a subir somente caso o frio chegue de forma mais rigorosa, o que pode comprometer a produtividade de itens mais sensíveis.

Ele acredita, entretanto, que altas como as que se verificaram no começo do ano não devem se repetir, à medida que o inverno avance. “Nesse caso podemos ter como esperado, mas dentro de uma normalidade, o preço dos chamados ‘produtos verdes’, ou seja, chuchu, abobrinha, pimentão, entre outros, mas tudo dentro da expectativa esperada em cada ano”, conclui o gerente.