Procon autua clínicas veterinárias em operação com Decon, Vigilância Sanitária e CRMV

Estabelecimentos foram flagrados com produtos vencidos e condições inadequadas de esterilização (Foto: Procon Goiás)

Uma operação de fiscalização conjunta foi realizada na última terça-feira (17) em duas clínicas veterinárias, com a participação do Procon Goiás, Delegacia do Consumidor (Decon), Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Goiás (CRMV-GO) e equipes da Vigilância Sanitária Municipal de Goiânia e Aparecida de Goiânia.

A ação ocorreu após denúncias recebidas pelo CRMV-GO. Nas duas clínicas, foi constatado o uso de medicamentos vencidos, como insulina e testes para diagnosticar alergia nos animais, além de ossos para cachorros. Também foi verificada a falta de condições adequadas para esterilização dos materiais utilizados nos procedimentos.

Os estabelecimentos foram autuados pelo Procon Goiás pelo uso de produtos com o prazo de validade vencido. Alguns produtos estavam com a data de validade vencida desde 2014. As empresas terão o prazo de 20 dias para apresentar defesa e, depois disso, podem pagar uma multa a partir de R$ 754, dependendo do porte e faturamento da empresa.

“A parceria entre várias instituições é muito importante para garantir o cumprimento da lei, cada uma agindo de acordo com a sua competência e área de atuação. Nesta soma de esforços, com certeza, quem ganha é o consumidor, é o cidadão”, avalia o superintendente do Procon Goiás, Levy Rafael.

De acordo com a fiscal do CRMV-GO, Nívea Soares, a entidade recebeu uma denúncia anônima relatando práticas instrumentais que não condizem com a boa prática veterinária em relação a uma clínica veterinária localizada no Setor Bueno, em Goiânia.

“Constatamos aqui que alguns instrumentais não estão sendo esterilizados da forma adequada, o que prejudica a assepsia dos procedimentos, além do cruzamento de fluxos de contaminação. Vamos levar isso adiante para análise do Conselho”, afirma.

Os responsáveis pelas clínicas podem responder a um processo ético. A Delegacia do Consumidor vai instaurar inquérito para investigar a prática de crime contra as relações de consumo nos dois estabelecimentos.