Goiás contribui com pesquisa sobre partos, nascimentos e perdas fetais

O estudo, coordenado pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, da Fundação Oswaldo Cruz, em parceria com diversas instituições de pesquisa e ensino, objetiva avaliar a assistência ao pré-natal, às perdas fetais precoces, ao parto e ao nascimento no País

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO), está contribuindo com a realização da Pesquisa Nascer no Brasil 2 – inquérito nacional sobre partos e nascimentos e perdas fetais precoces (2020 a 2022). O estudo, coordenado pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, da Fundação Oswaldo Cruz, em parceria com diversas instituições de pesquisa e ensino, objetiva avaliar a assistência ao pré-natal, às perdas fetais precoces, ao parto e ao nascimento no País.

Uma importante fase do estudo em Goiás – o treinamento dos entrevistadores da Pesquisa Nascer no Brasil 2 – está sendo realizada desta quarta-feira (18/5) até sexta-feira (20/5), na Maternidade Nascer Cidadão. A Coordenação-Geral das Redes de Atenção da Sub-Secretaria da SES-GO participa ativamente de todo o processo.

A coordenadora da pesquisa em Goiás e professora da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás, Nilza Alves Marques Almeida, informa que enfermeiros com pós-graduação foram selecionados para atuarem como entrevistadores. 

No treinamento, são abordados os fundamentos metodológicos e éticos da pesquisa e o manejo do aplicativo de coleta de dados. Nilza Almeida relata que, em Goiás, a pesquisa será realizada em 19 maternidades públicas, conveniadas e privadas localizadas em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Ceres, Anápolis, Mineiros, Rio Verde, Goianésia e Taquaral. Essas maternidades foram selecionadas por sorteio.

Coleta de dados
Nilza Almeida assinala também que, além do estudo principal sobre perdas fetais, partos e nascimentos, outros temas, como morbimortalidade materna e perinatal, Covid-19 na gestação, transtorno emocional materno e o vínculo paterno com o bebê como tema inovador. Ela destaca que o estudo dos óbitos maternos, perinatais e a morbidade materna grave são importantes, tendo em vista que esses indicadores de saúde têm estreita associação com as condições de vida, acesso e qualidade da assistência pré-natal e ao parto de uma região ou país.

O estudo será realizado, inicialmente, no hospital, por meio de entrevista da puérpera e coleta de dados do prontuário da mãe e do bebê. Depois, será realizada em duas etapas telefônicas: a primeira, realizada no período de 45 a 60 após o parto ou perda fetal; e a segunda, quatro meses após o parto ou perda fetal.

O pai do bebê será abordado por meio de entrevista telefônica após o parto. A etapa hospitalar da pesquisa também inclui aplicação de questionário anônimo aos profissionais de saúde sobre conhecimentos, atitudes e práticas na atenção ao parto, nascimento e perdas fetais. 

Maria José Silva e Iron Braz/Comunicação Setorial