HEMNSL alerta gestantes sobre importância da vacina contra gripe

Ao tomar vacina, gestante está protegendo a si mesmo e o bebê, orienta médico do HEMNSL (Foto: Reprodução)

As grávidas e as puérperas no pós-parto de até 45 dias estão no grupo prioritário para a imunização contra a gripe na campanha do Ministério da Saúde, que teve início em abril. O Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (HEMNSL) faz um alerta às gestantes sobre a importância dessa vacina.

Segundo o ginecologista e obstetra Túlio Sardinha, pelo fato de a mulher estar gestando outro ser, ela é incluída no grupo de risco de evolução mais complicada da gripe. “A mulher grávida tem quatro vezes mais chance de desenvolver uma condição crítica da doença, podendo até vir a óbito. Além disso, a gripe também pode aumentar em 30% o risco de nascimento prematuro do bebê”, o médico.

A vacinação contra a gripe está no calendário oficial e é aplicada gratuitamente às mães nos postos de saúde. Não existe hora ideal para que a grávida tome a vacina contra influenza. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse imunizante vem sendo observado há 60 anos, e mulheres em qualquer período da gestação podem ser imunizadas.

Protegendo a si mesmo
O médico Túlio Sardinha lembra que, ao tomar a vacina, a gestante está protegendo a si mesmo e o bebê. “A criança, quando nasce, só vai poder tomar a vacina a partir dos seis meses. Então, essa criança estará desprotegida. Quando a mãe toma a vacina, ela passa anticorpos para o seu filho, ainda na barriga, e a criança vai nascer já com uma imunidade que nós chamamos de passiva, que vai da mãe para o filho”, destaca o ginecologista.

Vale lembrar que, nos dois primeiros meses deste ano, casos de infecção pelo H3N2, um subtipo do vírus influenza A, se espalharam pelo Brasil, com aumento de casos e hospitalizações. Um dos motivos que levou a esse crescimento foi a baixa cobertura vacinal contra a gripe, que atingiu, em 2021, apenas 72,1% do público-alvo, quando a meta era ter 90% de cada população prioritária vacinada. O outro é a falta de compreensão de que o imunizante atua, sobretudo, na prevenção contra internações e morte.