Hospital de São Luís de Montes Belos amplia projetos de parto humanizado

Parte da equipe do HESLMB com o desenho feito sobre a placenta e o poema no contorno

O Hospital Estadual São Luís de Montes Belos Dr. Geraldo Landó (HESLMB) busca tornar o seu centro cirúrgico referência em procedimento humanizado e seguro. A unidade do Governo de Goiás administrado Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed), valoriza o momento único e tão esperado pela mãe e familiares.

A atividade lúdica nomeada como Aquarela tem o objetivo de humanizar o atendimento prestado às parturientes do HESLMB. Como se fosse um carimbo da placenta, a equipe de enfermagem do centro cirúrgico realiza a higienização da placenta e retira todo o excesso de sangue proveniente do parto. Depois, o órgão é pintado, com tintas nas cores rosa, marrom e azul, para ser entregue à mãe assim que a arte seca.

A enfermeira e coordenadora do centro cirúrgico, Marina Freitas, explica que a lembrança é um gesto singelo que visa eternizar o vínculo entre mãe e filho, por meio do desenho. Segundo ela, ao virar carimbo, a placenta imprime uma estampa que faz alusão ao formato de uma árvore, com seus galhos e ramificações.

Além do desenho, também é feito, no contorno da folha, o poema escrito pela enfermeira Marina Freitas: “A placenta é a árvore da vida. A primeira conexão entre mãe e filho é o vínculo que se inicia no ventre e transcende a eternidade. O amor nasceu com a maternidade.”

Ainda segundo a enfermeira, toda a equipe se diverte e se tranquiliza no momento de produzir a pintura, produzindo um efeito terapêutico. “A arte colore a vida. Noto um grande empenho de todos”, ressalta.

Além do projeto aquarela, que reproduz a placenta no papel, é desenvolvido o projeto Primeiro Olhar, que faz parte das ações do parto humanizado.

Parto humanizado no SUS
O protagonismo das mulheres e o seu direito de escolha para tornar a sua experiência o mais natural possível. A decisão livre e consciente sobre seu direito reprodutivo e como e onde gostariam de ter os seus filhos. É assim que a unidade trabalha a fim de preservar a autonomia, integridade física e psíquica da gestante.

Mas o conceito de humanização não se resume a um parto natural. De acordo com a enfermeira Marina, alguns partos podem não evoluir da forma desejada. Assim, é necessário entrar com uma intervenção cirúrgica, para garantir a segurança da mãe e do recém-nascido.

A equipe de enfermagem busca tranquilizar a paciente no momento do acolhimento, bem como incentivar a presença do acompanhante dentro da sala de parto. “Um parto humanizado concede à gestante participar ativamente do processo com poucas intervenções e permite que ela vivencie o nascimento de forma plena e consciente”, afirma Freitas.

Equipe multidisciplinar
Além da enfermeira e idealizadora dos projetos, Marina Freitas, existem outras profissionais envolvidas nas ações. As enfermeiras Raquel e Daniela e as técnicas de enfermagem Thais, Helenara, Divina, Marcilene, Jaqueline Martins e Jaqueline Oliveira, Flávia, Agda, Lilian e Gleide completam a equipe multidisciplinar do centro cirúrgico, assegurando atendimento eficiente e acolhedor às parturientes e acompanhantes. A equipe busca proporcionar uma experiência mais tranquila e afetuosa.
 
Yasmin Bernardes (texto e foto)/Imed