Hospital da Mulher alerta para cuidados com as doenças respiratórias no inverno

Evitar tapetes, carpetes, cortinas e almofadas; dar preferência a pisos laváveis (cerâmica, vinil e madeira) e cortinas do tipo persianas ou de material que possa ser limpo com pano úmido; passar pano úmido diariamente na casa ou usar aspiradores de pó com filtros especiais

A chegada do inverno (21 de junho) é motivo de atenção para as doenças respiratórias, incluindo as que podem ter causas alérgicas. O  Hospital Estadual da Mulher (Hemu) alerta sobre os cuidados que as pessoas devem ter na estação.

No período mais frio do ano é comum o aumento de casos de rinite alérgica, asma, sinusite, pneumonias, entre outras. Os sintomas mais costumeiros são coriza, coceira na região dos olhos e nariz, espirros e tosse.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até o fim do século metade da população sofrerá algum tipo de alergia. Cerca de 30% da população mundial possuem, por exemplo, algum tipo de intolerância ao pó, mofo, pólen de plantas, dentre outros.

A alergista e imunologista do Hemu, Lorena Diniz, explica que, devido ao tempo seco e a baixa umidade do ar, há menor dissipação dos poluentes. Os alérgenos  como ácaros, fungos e pólens, ficam em maior concentração no ar, e consequente contato com nosso sistema respiratório como nariz, boca e olhos levando a sintomas de rinite, conjuntivite e asma alérgica.

A alergista ressalta que algumas doenças podem ser evitadas com a vacina, portanto, é importante estar com a carteira de vacinação em dia, além de lavar bem as mãos, prevenindo a  circulação de vírus.

Neste momento de tantas possibilidades, a especialista explica como diferenciar uma doença da outra. “Alergia respiratória se caracteriza por coriza, espirros, obstrução nasal, coceira no nariz e normalmente ela vem sem febre. O estado gripal é um pouco diferente. A pessoa tem febre, queda do estado geral, dores no corpo, dores de garganta”.

Outra diferença importante apontada por Lorena, é que estes sintomas de alergia podem ser persistentes ou recorrentes, enquanto que as gripes tem duração limitada e geralmente ocorrem em episódios esporádicos. “Ninguém fica gripado o ano todo ou por mais de duas semanas, se por acaso o paciente relata que a ‘gripe não sara’, isto pode ser uma rinite alérgica persistente e deve e pode ser tratada para controle total dos seus sintomas”, afirma a médica.

Dicas contra ácaros e fungos

Evitar tapetes, carpetes, cortinas e almofadas; dar preferência a pisos laváveis (cerâmica, vinil e madeira) e cortinas do tipo persianas ou de material que possa ser limpo com pano úmido; passar pano úmido diariamente na casa ou usar aspiradores de pó com filtros especiais. 

Afastar o paciente alérgico do ambiente enquanto se faz a limpeza; o quarto de dormir deve ser bem ventilado; usar travesseiros e colchões de espuma, fibra ou látex, se possível envoltos em capas impermeáveis aos ácaros; trocar a roupa de cama duas vezes na semana; limpar o estrado da cama duas vezes por mês; camas e berços não devem ser justapostos à parede. 

Caso não seja possível, colocar junto à parede sem marcas de umidade, na parte mais ensolarada; evitar bichos de pelúcia, estantes de livros, revistas, caixas de papelão onde possam ser formadas colônias de ácaros no quarto de dormir. Substitua-os por brinquedos  que possam ser lavados com frequência; dar preferência às pastas e sabões em pó para limpeza de banheiro e cozinha. 

Evitar talcos, perfumes, desodorantes, principalmente na forma de sprays; não fumar e nem deixar que fumem dentro da casa e do automóvel; evitar banhos extremamente quentes e oscilação brusca de temperatura; aumentar a ingestão de líquidos; lavar as mãos frequentemente e as narinas pelo menos três vezes ao dia.

Texto: Marilane Correntino/IGH 

Fotos: Divulgação